Efeito das células mononucleares no tratamento da estenose vascular em camundongos hipercolesterolêmicos

Nome: LEANDRO CEOTTO FREITAS LIMA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/01/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SILVANA DOS SANTOS MEYRELLES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Interno
SILVANA DOS SANTOS MEYRELLES Orientador
THIAGO DE MELO COSTA PEREIRA Examinador Externo

Resumo: O remodelamento vascular com formação de neointima é um processo que ocorre em resposta a doenças como a aterosclerose. Células mononucleares (CMN) têm sido utilizadas na neovascularização. Dessa forma, o objetivo do estudo foi avaliar o tratamento in situ de CMN após estenose da carótida de camundongos ApoE-/-. Camundongos ApoE-/- fêmeas de 5 meses foram esplenectomizados e submetidos à estenose da artéria carótida comum esquerda através de anel silástico. Após 10 dias, o anel foi retirado e, salina (Salina, n=8) ou 106 CMN (CMN, n=6), isoladas do
baço de camundongos GFP, foram aplicadas in situ. O grupo controle (CT, n=5) não recebeu tratamento, sendo utilizado para análise de remodelamento vascular.
Decorridos 7 dias, os animais foram eutanasiados, perfundidos e tiveram a artéria carótida removida para análise histomorfométrica. Foi realizada a autofluorescência para GFP para localização das CMN, imunofluorescência para localização das células progenitoras endoteliais (CPEs), através da marcação de CD90-PE/CD117- FITC, TUNEL para visualização de apoptose e dihidroetídio para produção de estresse oxidativo. Média±EPM, ANOVA 1 via seguida de post hoc de Tukey e teste t de Student. *p<0,05. O grupo CMN apresentou predomínio destas células no endotélio vascular, podendo ser visualizadas através da autofluorescência do GFP e evidenciadas como CPE através da dupla marcação de fluorescência. O tratamento foi capaz de reduzir significativamente a área de lesão (CMN: 29,5±11,2** vs. Salina:
104±15,9 vs. CT: 27,4±7,1 103&#956;m2) com consequente aumento da área luminal (CMN: 72,5±8,6** vs. Salina: 7,8±4,6 vs. CT: 52,6±2,7 103&#956;m2). Também não foi observada diferença na área externa do vaso entre os grupos (Salina: 115±18,4 vs. CMN: 113,9±10,2 vs. CT: 89,7±5,8 103&#956;m2) sugerindo ausência de remodelamento positivo, sendo essa ausência comprovada pela razão de remodelamento (Salina: 0,92±0,37 vs. CMN: 0,92±0,21 ). Além disso, o tratamento reduziu a relação parede/luz (Salina: 2,94±0,47 vs. CMN: 0,6±0,08** vs. CT: 0,7±0,07). O tratamento
também foi capaz de reduzir a produção de ânion superóxido e, consequentemente, apoptose em relação ao grupo salina. Nossos dados sugerem que a terapia com CMN aumenta a área luminal da carótida sem evidências de remodelamento vascular, provavelmente pelo efeito parácrino e imunomodulatório das CMN, que foram capazes de recuperar o endotélio da parede vascular lesada.

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