Análise da correlação do espessamento médio-intimal proximal e distal nas carótidas comuns

Nome: LEONARD HERMANN ROELKE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/12/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO MILL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO MILL Orientador
LUIZ CLÁUDIO FRANÇA Examinador Interno
PAULO ANDRADE LOTUFO Examinador Externo

Resumo: Introdução: O espessamento médio-intimal (IMT) nas artérias carótidas tem sido largamente utlizado como método não invasivo de avaliação do risco cardiovascular (RCV) em vista de sua associação com eventos cardiovasculares isquêmicos. Na prática clínica tem sido utilizado também como preditor de aterosclerose e para auxiliar na classificação de RCV de Framinghan. O ultrasom de alta resolução é utilizado na medida do IMT de caróticas pela sua acessibilidade e baixo custo. O local de aferição, entretanto, é variável, indo desde medidas na carótida interna ou comum ou ainda no bulbo carotídeo, tanto uni como bilateralmente. Objetivos: Correlacionar o espessamento do complexo médio-intimal em diferentes regiões das carótidas comuns no intuito de orientar a utilização do IMT na prática médica. Métodos: Foram obtidos os valores do IMT nas porções proximais e distais das artérias carótidas comuns de 798 participantes (ambos os sexos, 35-74 anos) do Centro de Investigação ELSA-ES. As imagens foram adquiridas em decúbito dorsal com uso de transdutor linear de banda larga (PLT-704AT) com freqüência central de 7,5 MHz (5,0-11,0 MHz) em equipamento Toshiba Aplio, modelo SSA-790A, versão XG. As medidas do IMT foram obtidas com uso do software do mesmo equipamento. Os dados foram tratados como normalmente distribuídos e o coeficiente de correlação de Pearson foi usado para se estabelecer as associações entre as medidas realizadas em carótidas proximais e distais e entre o lado direito e esquerdo. As análises foram feitas para toda a amostra e, a seguir, separadamente nos subgrupos com IMT <0.90 mm (49% da amostra) e no subgrupo com IMT &#8805;0.90 mm em, pelo menos, um sítio de medida. Consideraram-se como significantes associações com p<0.05. Resultados: Observou-se aumento progressivo do IMT com a idade em todos os sítios de medida, e as correlações entre situaram-se entre 0,56 e 0,69. No subgrupo com IMT&#8805;0.90 mm houve expressiva queda de correlação, situando-se entre 0,20 e 0,40, mostrando haver baixa reprodutibilidade entre os diversos locais de medida do IMT quando a íntima já se apresenta espessada. Conclusão: Apesar das recentes normatizações para se aferir o espessamento da íntima na porção distal da carótida, os dados mostram que essa recomendação deva ser restrita aos estudos epidemiológicos. As baixas correlações no subgrupo com IMT&#8805;0,90 mostram que o espessamento é um fenômeno focal. Portanto, na avaliação clínica de pacientes, toda a extensão das carótidas comuns deve ser investigada bilateralmente para se concluir sobre a presença de espessamento do complexo médio-intimal.
Palavras-chave: espessamento médio-intimal, carótidas, IMT, aterosclerose, risco cardiovascular.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105