Efeitos de Diferentes Terapias de Reposição Hormonal Sobre a Pressão Arterial e Balanço Mineral Ósseo de Ratas Castradas

Nome: WAGNER DE BRITO VÉRAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/12/2005
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador
MARGARETH RIBEIRO MOYSES Examinador Interno
SONIA ALVES GOUVEA Examinador Externo

Resumo: O estrogênio tem um importante papel na regulação homeostática de vários tecidos do organismo, bem ilustrados pelas alterações fisiopatológicas que ocorrem na sua deficiência, na menopausa. Com o objetivo de amenizar estas alterações, tem-se estudado o uso da terapia de reposição hormonal (TRH) na pós-menopausa, em função de seus benefícios na prevenção da osteoporose e doenças cardiovasculares. Entretanto, a TRH tradicional com estrogênio está associada a uma maior incidência no desenvolvimento de câncer de mama e endométrio. Uma das alternativas para a reposição hormonal são as isoflavonas (fitoestrogênios derivados da soja) e o raloxifeno (SERM).
Este estudo tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos do 17-β-estradiol, isoflavonas e raloxifeno sobre ratas castradas por meio da medida da pressão arterial, concentração de cálcio e fósforo ósseo e sérico, peso corpóreo, da câmara ventricular esquerda e uterino.
Ratas Wistar adultas foram divididas em cinco grupos (n=8). Um grupo controle (C), um grupo castrado (CC) e os grupos castrados e tratados com estrogênio (CE), isoflavona (CI) e raloxifeno (CR). Dez semanas após a ovariectomia, iniciou-se o tratamento dos grupos CE, CI e CR que durou 12 semanas. No final do tratamento, foi feita a medida direta da pressão arterial e coletadas amostras de sangue, cuja concentração de cálcio e fósforo foram medidas. Os animais foram, então, sacrificados para se analisar o peso úmido e seco dos fêmures direito e esquerdo, ventrículo esquerdo e útero, além da análise da concentração de cálcio e fósforo dos fêmures.
O tratamento com a 17-β-estradiol, isoflavonas e raloxifeno não alterou os níveis pressóricos das ratas. Os grupos CE e CR obtiveram os menores níveis plasmáticos e os maiores níveis ósseos de cálcio. O grupo CR apresentou o menor nível de fósforo sérico e os grupos CE e CR apresentaram os menores níveis de fósforo ósseo. O grupo CE obteve o menor ganho de peso corporal. Quanto ao peso dos fêmures, os grupos CE e CR obtiveram os maiores ganho de massa óssea. O ventrículo esquerdo apresentou peso maior no grupo CE, assim como o peso do útrero.
Com base nos resultados obtidos, concluímos que os tratamentos com a isoflavona e o raloxifeno apresentaram maiores benefícios, quando comparados ao tratamento com o 17-β-estradiol, pois aumentaram a concentração de cálcio e a massa óssea sem alterar a pressão arterial e nem o trofismo das células cardíacas e uterinas.

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