Efeitos do treinamento aeróbico em camundongos ateroscleróticos

Nome: LIS PIERUCCETTI SOUZA LOURO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/05/2008
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELISARDO CORRAL VASQUEZ Orientador

Resumo: A doença aterosclerótica é caracterizada por um processo inflamatório crônico que, por sua vez, pode acelerar a senescência de células vasculares e agravar a instalação de placas. O exercício aeróbico moderado melhora a função vascular prevenindo o agravamento do processo aterosclerótico. Camundongo apoE-/-, modelo experimental de aterosclerose espontânea, tem se mostrado uma valiosa ferramenta no estudo dessa doença. O objetivo deste estudo foi verificar a capacidade de treinamento dos camundongos apoE-/- e verificar a influência do treinamento físico na senescência de células vasculares e na lesão aterosclerótica.
Camundongos apoE -/- (n=16) e C57BL/6 (n=16) machos de 4 ½ meses de idade foram divididos em grupo treinado e sedentário. O treino correspondeu a: 1 hora/dia, 50-70% da velocidade máxima de corrida, 5 vezes/semana, 5 semanas. Foram realizadas medidas de colesterol, pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC). Após o treino os animais foram eutanasiados, a aorta retirada e incubada em uma solução X-gal (pH 6.0) para caracterização colorimétrica (cor azul) da senescência e posterior quantificação de área de placa. Os dados estão expressos como média ± EPM. Para análise estatística foi usado ANOVA 2-vias, seguida do post hoc de Fisher, **p? 0,05.
Foi encontrada senescência vascular nos animais apoE-/- e o treinamento aeróbico não reduziu a área de lesão aterosclerótica, embora observou-se uma tendência de redução de área de senescência de células vasculares. A capacidade de corrida dos grupos C57 e apoE-/- não foi diferente antes do programa de treinamento, no entanto, o mesmo aumentou a capacidade máxima de corrida dos animais quando comparado aos sedentários, com ganho percentual de 36 e 42% na velocidade máxima alcançada nos grupos C57 e apoE -/- treinados, respectivamente. Os animais apoE -/- apresentaram hipercolesterolemia (sedentário: 646±75##, treinado: 664±66## mg/dL) em relação aos C57 (sedentário: 161±16, treinado: 102±12 mg/dL), e o treino não influenciou o colesterol, FC e PA.
Os camundongos apoE-/- apresentaram o mesmo ganho de performance física com o treino que os animais C57. Apesar da área de lesão de placa não ter sido reduzida com o treino, observou-se uma tendência de redução de senescência nos animais ateroscleróticos, sugerindo um possível efeito do treinamento aeróbico na redução do desenvolvimento precoce de senescência vascular.

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