A INIBIÇÃO DA DPP-4 PREVINE A DISFUNÇÃO VASCULAR INDUZIDA
PELA HIPERATIVIDADE Β-ADRENÉRGICA

Nome: BRUNA COELHO DE OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/08/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LEONARDO DOS SANTOS Co-orientador
VALERIO GARRONE BARAUNA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LEONARDO DOS SANTOS Coorientador
LUCIENE CRISTINA GASTALHO CAMPOS Examinador Externo
ROGER LYRIO DOS SANTOS Examinador Interno
VALERIO GARRONE BARAUNA Orientador
VIVIANE DE MENEZES CACERES Examinador Externo

Resumo: O aumento da atividade simpática está envolvido com a gênese e a manutenção de estados patológicos que acometem o sistema cardiovascular. A hiperatividade β-adrenérgica induz a formação de fatores inflamatórios locais no tecido vascular, levando a uma disfunção vascular. Uma possível estratégia farmacológica de controlar a lesão vascular pelo processo inflamatório é inibindo a enzima dipeptidil
peptidase – 4. Os inibidores da DPP-4 são da classe de fármacos utilizados para tratamento do diabetes mellitus tipo 2, por aumentar a meia-vida do GLP-1 e melhorar o controle glicêmico. Objetivamos testar a hipótese de que o inibidor de DPP-4 reverte a disfunção vascular e atenua o processo inflamatório causado pela hiperatividade β-adrenérgica. Foram utilizados ratos Wistar (Rattus norvegicus),
machos, pesando entre 300 à 350g. Os animais foram separados aleatoriamente em três grupos experimentais: grupo veículo (VHC), grupo isoproterenol (agonista β-adrenérgico não seletivo) (ISO) e grupo isoproterenol mais sitagliptina (inibidor da enzima DPP-4) (ISO+SITA). Foi utilizada linhagem de células endoteliais de veia umbilical humana (EAhy.926) e células musculares lisas vasculares primárias
(CMLV), obtidas pelo método de explante da aorta torácica de ratos wistar. Mostramos nos nossos resultados que o isoproterenol causou hipertrofia cardíaca de 28% e a sitagliptina não foi capaz de prevenir essa resposta. Não houve alteração na função cardiorrespiratória. A inibição da DPP-4 foi capaz de prevenir o aumento da resposta contrátil à fenilefrina, além disso preveniu a disfunção endotelial causada pelo isoproterenol na reatividade vascular, observada pela remoção
mecânica do endotélio. O tratamento crônico com isoproterenol não alterou a atividade da DPP-4, porém aumentou a expressão de RNAm das citocinas próinflamatórias IL-1β (86%), IL-6 (45%) e MCP-1 (84%) na aorta, enquanto a sitagliptina reduziu para o nível basal. In vitro, o isoproterenol não alterou a atividade da DPP-4 e a expressão das citocinas inflamatórias nas CMLV, mas aumentou a atividade da DPP-4 e citocinas inflamatórias nas células endoteliais (IL-1β, 49%; IL-
6, 39%; MCP-1, 43%) e a sitagliptina reduziu para o nível basal. Em conclusão, nosso estudo demonstrou que a inibição da DPP-4 pela sitagliptina melhora a disfunção vascular e atenua significativamente a inflamação endotelial em um modelo experimental de hiperatividade β-adrenérgica.

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