EFEITOS DE DOSES CONTROLADAS DO SUPLEMENTO OXYELITE PRO SOBRE A PERFORMANCE FÍSICA EM RATOS WISTAR

Nome: PAULO VINICIOS CAMUZI ZOVICO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/04/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
VALERIO GARRONE BARAUNA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Examinador Interno
NUNO MANUEL FRADE DE SOUSA Examinador Externo
RAFAEL DE OLIVEIRA ALVIM Examinador Externo
VALERIO GARRONE BARAUNA Orientador

Resumo: OxyElite Pro (OEP) é um suplemento alimentar vendido com objetivo de aumentar o metabolismo e contém como principal ingrediente a 1,3-dimetilamilamina (DMAA). Efeitos adversos após o consumo de OEP têm sido relatados. Contudo, estes efeitos estão relacionados com doses desconhecidas ou sobredosagem do produto. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos agudos e crônicos de OEP em doses controladas em ratos Wistar sobre: desempenho físico, respostas hemodinâmicas, atividade locomotora espontanea, parâmetros comportamentais, parâmetros metabólicos, marcadores de lesão hepática, marcadores de estresse oxidativo e biogênese mitocondrial no músculo esquelético. Para isso utilizamos os seguintes grupos de ratos: controle, 4,3 mg/kg de OEP (dose mínima recomendada), 12,9 mg/kg de OEP (dose máxima recomendada) e 25,8 mg/kg de OEP (não recomendada). Todos os grupos foram submetidos a suplementação com OEP durante 4 semanas e os protocolos experimentais foram realizados 30 minutos após a primeira administração de OEP (resposta aguda) e 30 minutos após a última administração de OEP no final da quarta semana (resposta crônica). Observou-se que a distância e o tempo de corrida aumentaram após administração aguda com 12,9 mg/kg de OEP (2,6 vezes) e 25,8 mg/kg de OEP (2,8 vezes). Uma vez que não foi observado qualquer efeito no teste de tolerância ao exercício à dose mais baixa de OEP (4,3 mg/kg de OEP), este grupo foi removido de outras análises. A suplementação aguda com 12,9 mg/kg de OEP foi capaz de aumentar a frequência cardíaca (FC) sem afetar a pressão arterial (PA) de modo significativo, entretanto, doses não recomendadas (25,8 mg/kg de OEP) apresentou um aumento na PA e FC. Por outro lado, a distância e o tempo de corrida diminuíram após a suplementação diária durante 4 semanas de ambos os grupos (64% no grupo 12,9 mg/kg de OEP e 72% no grupo 25,8 mg/kg de OEP). A suplementação crônica com 12,9 e 25,8 mg/kg de OEP diminuiu os níveis de TBARS no músculo sóleo (36 e 31%) e no fígado (43 e 25%). A AOPP também diminuiu com ambas as doses no fígado (39 e 45%). A administração crónica com a dose mais elevada, 25,8 mg/kg de OEP, foi capaz de reduzir a expressão gênica da PGC-1α no músculo sóleo (25%). Nenhum efeito foi encontrado nas outras variáveis analisadas, tais como: atividade locomotora espontânea, parâmetros comportamentais, peso corporal, ingestão de ração e água, toxicidade hepática e na quantidade de DNA mitocondrial. Concluímos portanto que, doses máximas e não recomendadas de OEP ingeridas de forma aguda apresenta efeito estimulante sobre a capacidade de exercício. Doses não recomendadas com OEP aumenta de forma significativa as respostas hemodinâmicas (PA e FC). No entanto, o seu consumo diário durante 4 semanas causa efeitos antioxidantes no músculo sóleo e no fígado, o que pode ter levado a supressão da expressão do RNAm da PGC-1α no músculo sóleo e ter contribuído parcialmente para um desempenho físico prejudicado no teste de tolerância ao exercício.

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