Influência dos organoestânicos na função endócrina

Resumo: Os compostos organoestânicos (OTs), como o tributilestanho, são considerados uma das maiores ameaças silenciosas aos ecossistemas marinhos, podendo levar ao desenvolvimento da síndrome endócrina irreversível conhecida como imposex, cujo quadro resulta em masculinização e esterilidade em fêmeas, principalmente, de moluscos gastrópodes. No Espírito Santo há alarmantes indícios bioquímicos desta contaminação, tornando-se urgente a realização de avaliações mais sistematizadas. Os efeitos tóxicos dos OTs podem ser transferidos ao longo das teias alimentares, atingindo, inclusive, mamíferos terrestres, como seres humanos. Em roedores, dentre muitos malefícios, OTs induzem disfunções endócrinas, como na morfofisiologia das gônadas, nas ações dos hormônios ovarianos e adrenocorticais, no tamanho da hipófise, na função metabólica, como no desenvolvimento da obesidade, resistência à ação da insulina, etc. De forma que, esse estado endócrino pode ser devido a distúrbios nas enzimas esteroidogênicas, nos mecanismos de “feedback” anormais ao longo do controle hipotálamo-hipófise-glândula alvo, e/ou indiretamente em células/glândulas-específicas que são diretamente influenciado pelo (a) período de desenvolvimento, dose e tempo de exposição a este xenobiótico. Assim, nosso objetivo é estudar, em modelos animais, os efeitos endócrino-metabólicos da exposição ao tributilestanho na modulação ao longo do eixo hipotálamo-hipófise da glândula adrenal, mamária e do pâncreas endócrino, pela disfunção ovariana induzida por este xenobiótico.

Data de início: 21/05/2013
Prazo (meses): 24

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador JONES BERNARDES GRACELI
Pesquisador LEONARDO DOS SANTOS
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