INFLUÊNCIA DO GÊNERO SOBRE A REGURGITAÇÃO AÓRTICA, DEPOSIÇÃO LIPÍDICA E SENESCÊNCIA VASCULAR EM CAMUNDONGOS IDOSOS ATEROSCLERÓTICOS

Resumo: A arteriografia representa uma situação singular na história da cirurgia vascular e da propedêutica instrumental em geral. Reinou absoluta como o método diagnóstico de escolha na avaliação arterial periférica durante 50 anos, pela sua aplicabilidade prática e boa correlação com os achados cirúrgicos. Além disso, a arteriografia possui, na forma de apresentação de imagens de segmentos contíguos em filmes de raios X, um fator facilitador de interpretação pelos radiologistas e cirurgiões vasculares e, portanto, de praticidade no uso diário (Engelhorn et al., 2002).
Por ter sido demonstrada como uma técnica de baixo risco, não só abrigou diversas evoluções tecnológicas constantes na via de introdução do cateter percutâneo, como também permitiu modificações no equipamento de raio-X, possibilitando analisar em tempo real as imagens obtidas, as quais sendo digitalizadas podem ser incessantemente revistas e objetivamente quantificadas quando necessário. Adicionalmente, pode ser correlacionada com avaliações funcionais - como o eletrocardiograma, cujas fases da contração cardíaca podem ser analisadas e interpretadas mediante as alterações anatômicas. Com o método de Sones associado à ventriculografia, pode-se estudar a fisiologia da contração cardíaca no homem sadio ou doente, a farmacologia entre outros aspectos da função cardíaca (Reis, 1986).
Em relação ao benefício da arteriografia para a AT, há anos que os benefícios estenderam-se do diagnóstico ao intervencionismo terapêutico. Desse modo, os estudos morfo-fisiológicos sobre a AT geralmente envolvem dois grandes campos: 1) dos métodos histológicos, predominantes nos animais experimentais; 2) dos estudos in vivo, por técnicas não invasivas, com imagens mais próximas do “fisiológico” , as quais prevalecem em humanos.
Contudo, ainda que o aprimoramento da arteriografia ao longo de cinco décadas permita o mínimo de complicações aos pacientes submetidos a esse método, muitas estratégias de investigações cardiovasculares não poderiam ser desenvolvidas em humanos diretamente, por razões óbvias e éticas. Portanto, se modelos experimentais de AT permitem intervenções cirúrgicas e farmacoterapêuticas mais ousadas, surge a oportunidade de aliar um método excelente de imagem a um modelo murino, visando assim um entendimento mais direto e completo da modulação na progressão da AT bem como outras repercussões fisiopatológicas. Consequentemente, como Mason Sones e tantos outros pesquisadores, tentamos romper barreiras para impedir visões cíclicas ou até mesmo limitadas a respeito da AT, visto que em quase a totalidade dos experimentos em camundongos tais avaliações estão restritas a procedimentos in vitro ou ex vivo (Yamashita et al., 2002).

Data de início: 01/03/2006
Prazo (meses): 24

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador SILVANA DOS SANTOS MEYRELLES
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