Padrão de ativação cerebral em crianças com transtorno do espectro autista de alto e baixo desempenho cognitivo durante o processamento de imagens

Nome: LUZIENE DALMASCHIO BIASUTTI DE OLIVEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 07/12/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANSELMO FRIZERA NETO Examinador Externo
ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS Orientador
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO Examinador Externo
LEONARDO DOS SANTOS Examinador Interno
SIDARTA TOLLENDAL GOMES RIBEIRO Examinador Externo

Resumo: Geralmente, os estudos avaliando a função cerebral no Transtorno do Espectro Autista (TEA) são realizados em sujeitos com alto desempenho (AD) cognitivo e interação social prejudicada. Muito poucos avaliaram a função cerebral em indivíduos com baixo desempenho (BD) cognitivo e baixa interação social. Este estudo examinou as diferenças na ativação cerebral em sujeitos com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista com alto e baixo desempenho cognitivo durante o processamento visual de faces e objetos, usando análise de LORETA de dados de ERP. Resultados: Nós examinamos as diferenças na ativação cerebral de sujeitos de 7 a 14 anos de idade com diagnóstico de TEA durante o processamento de estímulos visuais. Crianças com TEA sob um procedimento de ERP durante a visualização de imagens de faces e objetos familiares e não-familiares em uma tela de computador durante uma tarefa de reatividade a pistas visuais. As densidades de corrente do Giro Fusiforme (FG), Córtex Cingulado Posterior (CCP), Córtex Orbito Frontal (COF), Córtex Pré-Frontal dorsomedial (CPFdm) e Córtex Pré-Frontal ventromedial (CPFvm) foram medidas após a exposição ao estímulo. Dezoito crianças com TEA (idade média de 10,1 anos ± 2,2 DP, 16 meninos) apresentando uma média de QIT (WISC-III) de 87,2 (± 24,6 DP), variando de 46 a 137. A média do escore da Childhood Autism Rating Scale (CARS) foi de 34,7 (± 2,2 DP). A face familiar desencadeou a maior atividade cerebral, notavelmente no CPFdm e CPFvm, mas também no COF, CCP e GF bilateralmente em crianças com TEA com baixo desempenho intelectual. Uma análise de regressão linear evidenciou diminuição significativa nas densidades de corrente da fonte (DCFs) medidas no CCP direito e bilateralmente nos COF, CPFvm e CPFdm relacionada aos escores de QIT quando faces familiares eram visualizadas. Em contraste, quando faces não-familiares eram visualizadaso CPFvm e o CPFdm foram as áreas cerebrais menos ativadas, enquanto grande ativação foi observada no CCP e no GF, independente do QIT. Não foi encontrada relação significativa entre DCFs
e escores de QIT quando as crianças com TEA visualizavam objetos, familiares ou não-familiares. Conclusão: Diferenças na ativação regional cerebral medidas por análise de LORETA de dados de PRE, especialmente em resposta a face familiar, podem indicar um potencial marcador com valor diagnóstico, e podem, inclusive, auxiliar no desenvolvimento de planos terapêuticos mais específicos para o tratamento das diferentes manifestações do TEA. Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Potenciais Relacionados a Eventos, reatividade a pista visual, LORETA.

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