Exposição crônica ao chumbo aumenta a pressão arterial e reduz a reatividade pressórica em ratos

Nome: CINDY MEDICI TOSCANO ROZETTI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/08/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador
FRANCK MACIEL PECANHA Examinador Externo
MIRIAN FIORESI Coorientador

Resumo: O chumbo tem sido associado como um dos fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da exposição crônica ao chumbo sobre a pressão arterial e reatividade pressórica com a finalidade de elucidar os mecanismos envolvidos nestas alterações. Ratos Wistar machos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: controle (Ct) e expostos a 100 ppm de chumbo (Pb) adicionado à água de beber durante 30 dias. A pressão arterial sistólica caudal (PAS) foi medida semanalmente. Após o tratamento a PAS, pressão arterial diastólica (PAD) e freqüência cardíaca (FC) foram mensuradas. A exposição ao chumbo promoveu aumento da pressão arterial e diminuição da reatividade pressórica à fenilefrina. Também foram avaliados os papéis putativos do Sistema Renina Angiotensina (SRA) e os reflexos autonômicos nestas alterações. Um bloqueador do receptor AT1 (losartan, 10 mg / kg) reduziu a PAS e PAD e, além disso, o bloqueio ganglionar (hexametónio, 20 mg / Kg) foi capaz de reduzir a PAS, PAD e FC. Estes resultados sugerem que há uma participação do Sistema Renina Angiotensina e um aumento da atividade simpática, respectivamente, causado pelo chumbo. O isoproterenol (10 mg / kg) aumentou a pressão sistólica ventricular esquerda (LVSP), pressão diastólica final (PDFVE) e FC apenas no grupo controle. Este resultado sugere a existência de uma atividade modulada dos receptores β1-adrenérgicos, a qual foi confirmada pela análise da expressão protéica destes receptores pelo Western blot. Além disso, a indometacina (0,1 mg / kg, IV) reduziu a PAS e PAD no grupo Pb. O L-NAME (3 mg / kg, iv) aumentou a PAS e PAD em ambos os grupos, no entanto, a magnitude dos efeitos do grupo de controle foram superiores aos do grupo Pb. Estes resultados sugerem o envolvimento do aumento da atividade da cicloxigenase (COX) e redução da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), respectivamente. A diminuição da reatividade pressórica pode estar associada a alterações da modulação endotelial mediada pela atividade da COX e redução da biodisponibilidade do NO. Esses resultados oferecem evidências adicionais de que a exposição crônica ao chumbo, mesmo em baixas concentrações pode desencadear mecanismos potenciais para o desenvolvimento de hipertensão e pode ser um fator de risco ambiental para a doença cardiovascular. Os resultados apresentados
fornecem orientações para a revisão das concentrações de chumbo consideradas seguras.
Palavras-chave: Exposição ao chumbo, Pressão arterial, Reatividade pressórica, Sistema Nervoso Autônomo Simpático.

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