Avaliação de marcadores de remodelamento cardíaco (funcionais, bioquímicos e estruturais) em ratos submetidos a exercício resistido e tratamento com decanoato de nandrolona.

Nome: EWELYNE MIRANDA DE LIMA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 13/07/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
NAZARE SOUZA BISSOLI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BIANCA PRANDI CAMPAGNARO Examinador Externo
KARLA NÍVEA SAMPAIO Examinador Externo
NAZARE SOUZA BISSOLI Orientador
SONIA ALVES GOUVEA Examinador Interno
TADEU UGGERE DE ANDRADE Examinador Externo

Resumo: O treinamento resistido (TR) tem sido frequentemente associado ao uso abusivo de esteroides anabólicos androgênicos (EAA) por atletas e não atletas. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do TR associado ou não ao decanoato de nandrolona, sob os niveis de citocinas e atividade da enzima conversora de angiotensina (AECA) no coração, assim como a sensibilidade do Reflexo cardiopulmonar Bezold-Jarisch (RBJ). Ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos: C (recebeu veículo, não treinado); E (TR: após uma semana de adaptação água, os ratos foram exercitados por saltos na água duas vezes por semana durante 4 semanas); DN (receberam decanoato de nandrolona 10 mg/kg, duas vezes/semana, im) e DNE (receberam decanoato de nandrolona 10 mg/kg, duas vezes/semana, im, associado ao TR). O RBJ foi analisado medindo respostas bradicárdicas e hipotensoras induzidas pela administração in bolus de cinco doses randomizadas de serotonina (2, 4, 8, 16, 32 &#956;g/kg) de serotonina. Hipertrofia dos miócitos e deposição de colágeno na matriz foi determinada por análises morfométricas de imagens a partir de laminas coradas em H&E e picrosirius, respectivamente. Foram também avaliados níveis de TNF-&#945; e AECA no coração por Elisa. O TR promoveu baradicardia de repouso nos grupos E (312 ± 9 bpm; p <0,01) e DNE (324 ± 9 bpm; p <0,05), quando comparado com o grupo C (365 ± 11 bpm) e o grupo DN não promoveu alteração da FC (381 ± 13 bpm). Além disso, o treinamento promoveu hipertrofia fisiológica nos miócitos, mas não causou alterações nos outros parâmetros. O tratamento com DN, com ou sem associação com TR promoveu hipertrofia dos miócitos, deposição de colagêno do tipo I, aumento nos niveis de TNF-&#945; (C: 207 ± 9; E: 211 ± 8; DN: 269 ± 10; DNE: 242 ± 10 pg / mg, p <0,01) e AECA (C: 27,0 ± 7 ; E: 39,0 ± 6; DN: 50 ± 5; DNE: 65,0 ± 4 %, p <0,01), diminuição da IL-10 (C: 220 ± 7; E: 231 ± 5; DN: 165 ± 5; DNE: 164 ± 4 pg / mg, p<0,01), comprometimento na sensibilidade do RBJ e hipertensão (C: 104 ± 2 mmHg; E: 108 ± 8 mmHg; DN: 144 ± 7; DNE: 138 ± 5 mmHg; p <0,01). DN está associada a alterações na estrutura e função cardíaca como resultado do desenvolvimento da hipertrofia cardíaca patológica (desequilíbrio de citocinas no coração, elevação da AECA) e lesão cardíaca, e o treinamento de resistido não foi capaz de impedir esses efeitos deletérios cardiovasculares.
Palavras-chave: Esteroides anabolizantes, angiotensina II, hipertrofia cardíaca, remodelamento cardíaco, reflexo cardiopulmonar, citocinas, treinamento resistido.

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