EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS

Nome: MAYLLA RONACHER SIMÕES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 06/03/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRA SIMAO PADILHA Examinador Interno
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Externo
IVANITA STEFANON Examinador Interno
VIRGINIA SOARES LEMOS Examinador Externo

Resumo: Alguns estudos mostram a associação entre exposição ao chumbo e o risco de doenças cardiovasculares. A exposição crônica a baixas concentrações produz hipertensão e, no entanto, os mecanismos subjacentes não estão totalmente esclarecidos. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar se a exposição crônica a baixa concentração de chumbo, durante 30 dias, afeta a função vascular de aorta e mesentéricas de resistência, e avaliar o papel do estresse oxidativo, das vias dependentes da ciclooxigenase-2 e das MAPKs, nas alterações vasculares induzidas pela exposição ao chumbo. Para isso, foram utilizadas aortas e mesentéricas de ratos Wistar tratados com chumbo (1a dose: 10 μg/100 g; doses subsequentes: 0,125 μg/100 g, por via intramuscular, 30 dias) e cultura de células musculares lisas vasculares (VSMCs) de aorta de ratos Sprague-Dawley estimulados com chumbo (20 μg/dL). Os níveis de chumbo no sangue dos ratos tratados atingiu uma concentração de 21,7 ± 2,38 μg/dL. Esta exposição aumentou a pressão arterial sistólica e a resposta contrátil à fenilefrina em anéis de aorta e mesentéricas, reduziu o relaxamento induzido pela acetilcolina em anéis de aorta e não afetou o relaxamento ao nitroprussiato de sódio. A remoção do endotélio e o L-NAME (100 μM), deslocaram mais a resposta à fenilefrina em aorta dos animais não tratados do que dos tratados com chumbo, no entanto, não foi observada diferença nos anéis de mesentéricas. A apocinina (30 μM) promoveu redução da resposta à fenilefrina que foi maior em aorta de ratos tratados com chumbo do que as não tratadas. Em anéis de mesentéricas a apocinina não alterou a reatividade vascular, porém a SOD (150 U ml-1) levou a uma pequena redução da resposta vasocontrictora à fenilefrina. A indometacina (10 μM) promoveu uma maior redução na resposta à fenilefrina em anéis de aorta e mesentérica tratada com chumbo em relação as não tratadas. O antagonista de receptores EP1, SC-19220 (10 μM) também reduziu a resposta à fenilefrina em mesentéricas de ratos expostos ao metal. O tratamento com chumbo promoveu aumento da expressão proteica vascular da gp91phox, SOD-Cu/Zn, SOD-Mn e COX-2. Em cultura de CMLVs o chumbo promoveu 1) aumento da produção de ânion superóxido, aumento da atividade da NADPH oxidase e da expressão gênica e/ou proteica de NOX1, NOX4, SOD-Mn, SOD-EC e COX-2 e 2) ativação das MAPKs ERK1/2 e p38. Tanto os
antioxidantes (mito-TEMPO, 5 μmol/L; tempol, 10 μmol/L e ML171, 0,5 μmol/L) como os inibidores COX-2 (Celecoxib, 10 μM e Rofecoxib, 10 μmol/L) normalizaram a produção de ânion superóxido, a atividade da NADPH oxidase e os níveis de mRNA de NOX1, NOX4 e COX-2. O bloqueio das vias de sinalização de ERK1/2 e p38 aboliram a indução da expressão de NOX1, NOX4 e COX-2, causada pelo chumbo. Em conclusão, os resultados aqui apresentados demonstram que o tratamento com baixas doses de chumbo aumenta a pressão arterial sistólica, promove disfunção vascular e ativa vias de sinalização das MAPKs. Estes efeitos estão associados com a ativação de proteínas inflamatórias tais como a NADPH oxidase e COX-2 que atuam em conjunto para contribuir com a disfunção vascular. Palavras-chave: exposição ao chumbo; via das MAPKs,

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