Efeitos do tratamento combinado com alisquireno e L-arginina sobre a reatividade vascular em anéis de aorta de ratos com hipertensão renovascular
Nome: CÍNTIA HELENA SANTUZZI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 28/11/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU | Orientador |
HELDER MAUAD | Examinador Interno |
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO | Examinador Externo |
NAZARE SOUZA BISSOLI | Examinador Interno |
VIRGINIA SOARES LEMOS | Examinador Externo |
Resumo: A angiotensina II é a chave na patogênese da hipertensão renovascular e esta condição está associada à disfunção endotelial. Nós investigamos a participação dos tratamentos isolados de alisquireno, L-arginina e sua associação sobre a pressão arterial e reatividade vascular de anéis de aorta na hipertensão renovascular. A hipertensão renovascular foi induzida em ratos machos Wistar utilizando clip de prata que foi implantado cirurgicamente na artéria renal esquerda e os animais foram divididos nos seguintes grupos experimentais: Sham, 2-rins, 1-clip (hipertensão 2R1C), 2R1C tratado com alisquireno (ALSK), 2R1C tratado com L-arginina (L-arg) e 2R1C tratado com associação de alisquireno+L-arginina (ALSK+L-arg), os tratamentos foram iniciados 7 dias após clipagem e duraram por 4 semanas consecutivas. A pressão arterial foi monitorada ao longo do tratamento e ao final da quarta semana após a clipagem foi avaliada a reatividade vascular a fenilefrina na presença e ausência do endotélio e o relaxamento a acetilcolina nos anéis isolados de aorta. O tratamento com ALSK+L-arg reduziu a pressão artéria, a resposta contrátil a fenilefrina e melhorou o relaxamento a acetilcolina. A remoção mecânica do endotélio vascular e a presença de L-NAME no banho apresentaram respostas semelhantes, levando a um aumento da contratilidade a fenilefrina em todos os grupos estudados, entretanto a magnitude dessa resposta foi maior no grupo tratado com ALSK+L-arg. A incubação com enalapril reduziu a resposta à fenilefrina nos grupos 2R1C e ALSK, entretanto demonstrou menor magnitude dessa resposta no grupo ALSK, por outro lado, o bloqueio com Losartan reduziu a resposta contrátil a fenilefrina em todos os grupos estudados. Ao realizarmos o bloqueio com apocinina observamos uma diminuição da resposta contrátil nos grupos 2R1C, ALSK e ALSK+L-arg, entretanto a magnitude dessa reposta foi significantemente menor no grupo ALSK+L-arg. Adicionalmente, o uso da superoxido dismutase (SOD) no banho foi capaz de reduzir a resposta à fenilefrina no grupo 2R1C e no grupo ALSK demonstrando também menor magnitude dessa resposta no grupo tratado com alisquireno. Ao avaliarmos a expressão proteica podemos observar que a expressão de eNOS aumentou nos grupos 2R1C e L-arg e que iNOS aumentou somente no grupo 2R1C comparado com os demais grupos estudados. Já a analise da expressão do receptor de AT1 observamos um aumento desse recpetor no grupo 2R1C comparado com Sham, ALSK e ALSK+L-arg, por outro lado, demonstramos um aumento do receptor AT2 no grupo ALSK+L-arg comparado somente com os grupos Sham e L-arg. A expressão do Ms SOD2 apresentou-se elevada no grupo ALSK+L-arg comparado com 2R1C, ALSK e L-arg, adicionalmente, a expressão de gp91phox estava reduzida no grupo ALSK+L-arg comparado com 2R1C e ALSK. Portanto, nosso trabalho demonstra pela primeira vez que o tratamento com alisquireno associado a L-arginina foi efetivo em reduzir a PA e prevenir a disfunção endotelial em anéis de aorta de ratos com hipertensão renovascular, alem disso, apontamos que os mecanismos envolvidos nesses efeitos parecem estar relacionados com uma modulação local do SRAA e com uma redução do estresse oxidativo local mediado pelo sistema NAPH oxidase.
Palavras-chave: hipertensão renovascular, disfunção endotelial, alisquireno, L-arginina, sistema renina-angiotensina, stress oxigênio.