Avaliação de biomarcadores inflamatórios, dor e qualidade de vida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço antes da terapia antineoplásica
Nome: KARINE GADIOLI DE OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/04/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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NAZARE SOUZA BISSOLI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DENISE COUTINHO ENDRINGER | Examinador Externo |
NAZARE SOUZA BISSOLI | Orientador |
SANDRA LÚCIA VENTORIN VON ZEIDLER | Examinador Externo |
SONIA ALVES GOUVEA | Coorientador |
Resumo: A dor é um sintoma comum em pacientes com câncer, inclusive aqueles com câncer de cabeça e pescoço, e pode afetar funções físicas, estados emocionais e a qualidade de vida dos pacientes (QV). O câncer de cabeça e pescoço é o sexto tipo de câncer mais comum em todo o mundo, representando cerca de 6% dos casos de câncer. Sendo assim, o objetivo do nosso estudo foi avaliar o impacto da dor na QV dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço e a relação entre a dor, a citocina pró-inflamatória fator de necrose tumoral alfa (TNFα) e proteína C reativa (PCR). Foram incluídos 127 pacientes com diagnóstico confirmado por exame histopatológico de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço que não tinham iniciado nenhum tratamento antineoplásico. E ainda, dados clínico-epidemiológicos como estadiamento e localização do tumor, história do consumo de álcool e uso do tabaco, além das variáveis gênero e idade. A dor foi avaliada pelo Inventário Breve de Dor (BPI), e a qualidade de vida pelos questionários da European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life-core 30 (EORTC QLQ-C30) e o The Quality of Life Questionnaire Head and Neck Cancer Module (QLQ H&N-35). O questionário EORTC QLQ-C30 mostrou que os pacientes em estádios iniciais do tumor tiveram melhores escores nas escalas de funcionamento e, ao contrário, os pacientes em estádios avançados do tumor mostraram grandes prejuízos nas escalas de sintomas. No questionário QLQ-H&N35 os pacientes em estádios avançados tiveram grande prejuízo na escala de sintomas. O grupo de pacientes com dor moderada a intensa mostrou grande prejuízo na escala de sintomas. O nível de TNF (pg/mL) nos pacientes com dor (12,85 ± 1,7) foi maior quando comparado ao grupo sem dor (11,53 ± 2,3) (p < 0,05) e controle (11,1 ± 1,4) (p < 0,05). O nível de PCR (mg/L) nos pacientes com dor (11,25 ± 8,3) também mostrou-se maior do que no grupo de pacientes sem dor (6,93 ± 3,6) (p < 0,01) e controle (4,77 ± 2,2) (p < 0,05). Esses biomarcadores podem ter grande importância na dor dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço podendo futuramente serem alvos para novos fármacos e resultar em melhora do manejo da dor e da QV desses pacientes. Palavras-Chave: Câncer de cabeça e pescoço, dor, TNF, PCR, sintomas, qualidade de vida.