Estudo Etnofarmacológico das Plantas Medicinais Utilizadas pela População Com Hipertensão Arterial Sistêmica da Unidade de Saúde de Andorinhas no Município de Vitória - Es

Nome: RODRIGO ALVES DO CARMO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/10/2006

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANA ZANDONADE Examinador Externo
FERNANDO LUIZ HERKENHOFF VIEIRA Examinador Interno
HELDER MAUAD Orientador

Resumo: A medicina moderna está bem desenvolvida na maior parte do
mundo. Porém, grande parte da população dos países em desenvolvimento utiliza plantas medicinais (PM) para o tratamento de diversas doenças, como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), que constitui um grave problema de saúde pública. O objetivo deste estudo foi fazer um levantamento etnofarmacológico detalhado a respeito das PM utilizadas junto à população portadora de HAS da Unidade de Saúde de Andorinhas, Vitória-ES. Material e Métodos: Foram aplicados 625 questionários etnofarmacológicos, buscando-se caracterizar o perfil
dos entrevistados e as PM utilizadas, isoladamente ou associadas à
medicamentos, bem como sua forma de utilização. Ao final da entrevista, foram medidos os valores antropométricos (peso e altura) e os valores de pressão arterial (PA). Após a determinação dos valores de PA, os indivíduos que relataram ser portadores de HAS foram classificados segundo as IV Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão Arterial. Foi solicitado também, uma amostra da(s) planta(s) utilizada(s) para posterior identificação taxonômica da espécie. Resultados: A maioria da população foi constituída de indivíduos do sexo feminino (72%), sendo que as mulheres utilizavam mais PM (58%) que os homens (38%). 39% dos indivíduos eram mestiços, 56,4% possuíam o ensino fundamental incompleto, 30% possuíam renda familiar de até 1 salário mínimo (SM) e 38% renda entre 2 e 3 SM. Os indivíduos com renda acima de 5 SM utilizam menos PM do que aqueles com renda de até 1 SM, entre 2 e 3 SM e entre 3 e 5 SM. A maior parcela dos indivíduos amostrados tinha idade situada na faixa entre 50 e 70 anos, cuja idade média foi de 59,61±12,72 anos. O maior número de indivíduos que utilizam PM está situada na faixa etária entre 50 e 79 anos. As PMs mais utilizadas pelos indivíduos, em todos os níveis tensionais foram: Melissa officinalis (erva-cidreia),
Sechium edule (chuchu), Averrhoa carambola (carambola), Rosmarinus officinalis (alecrim), Bauhinia aff. candicans (pata de vaca) e Cymbopogon citratus (capimcidreira), dentre outras. Conclusões: A maioria dos indivíduos da população estudada apresenta os níveis tensionais fora da faixa de normalidade. Os indivíduos de todos os níveis tensionais fazem uso de PM como uma forma de tratamento da HAS. As PM são utilizadas isoladamente ou associadas a medicamentos pelos indivíduos com a PA não-controlada, assim como, por aqueles que possuem a PA dentro dos limites normais.

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