Efeitos imediatos do ortostatismo sobre a amplitude e o tempo de reflexão da onda de pulso carotídeo e radial

Nome: PEDRO MAGALHAES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/03/2007
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO MILL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALBANO VICENTE LOPES FERREIRA Examinador Externo
DALTON VALENTIM VASSALLO Examinador Interno
ROBERTO DE SA CUNHA Orientador

Resumo: Introdução: A diminuição de distensibilidade arterial associada ao ortostatismo foi demonstrada por estudos anteriores em humanos. Entretanto, o comportamento da amplitude e do tempo de reflexão do pulso não está claramente descrito em indivíduos jovens saudáveis avaliados durante o tilt test. O objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que o ortostatismo causa reflexão precoce e eleva o índice de incremento nas artérias carótida (AIXC) e radial (AIXR).
Metodologia: Foram estudados 32 indivíduos saudáveis do sexo masculino com idade de 18 aos 38 (média de 25 ± 5 anos). Foram excluídos os indivíduos com qualquer doença cardiovascular, intolerância ortostática ou em uso de drogas vasoativas.
Todos foram avaliados em posições supina e 2 minutos após o tilt em 70o. As ondas de pulso carotídeo e radial foram registradas manualmente pelo método de tonometria para determinar o AIXC, o AIXR e o tempo de retorno de ondas refletidas (TR). Foi avaliada a pressão arterial braquial pelo método oscilométrico, a freqüência cardíaca foi calculada dos intervalos R-R do eletrocardiograma e pressão arterial carotídea foi estimada da onda de pulso. As médias foram comparadas pelo teste t pareado bicaudal e as correlações avaliadas através da determinação do coeficiente de correlação de Pearson (r). Foi feita a regressão (linear ou múltipla, se necessário) e a análise da covariância para testar a influencia de outras variáveis sobre as médias de AIXC, AIXR e TR. Foi considerado o nível de significância P ≤ 0,05 para todos os testes.
Resultados: Quando comparada à média supina versus média ortostase observou-se um aumento significativo (P = 0,002) de: AIXC (35,39 ± 12,24% vs 27,75 ± 14,18%); AIXR (84,65 ± 6,54% vs 88,10 ± 4,92%, P = 0,004) e uma diminuição do TR (234 ± 23 ms vs 188 ± 21 ms P = 0,0001). Houve correlação negativa entre a variação do AIXC e variação da pressão de pulso carotídea (r2= 0,142, P = 0,026).
A queda da pressão arterial sistólica carotídea não foi significativa (96,02 ± 8,41 mmHg vs 94,71 ± 11,58 mmHg, P = 0,53). A variação da proporção de amplificação do pulso também não foi significativa (36,21± 18,42% vs 34,00 ± 25,75%, P = 0,681).
Conclusões: O ortostatismo causou uma reflexão precoce, e aumentou o índice de incremento carotídeo e radial. Essas alterações foram acompanhadas de atenuação da amplificação do pulso e de uma menor redução da pressão arterial sistólica carotídea, sugerindo a participação da reflexão das ondas de pulso nos mecanismos fisiológicos que permitem a tolerância ortostática e a adaptação dos seres humanos ao bipedalismo.
Esta abordagem pode ter implicações no entendimento da função cardiovascular no envelhecimento, incluindo a hipertensão arterial e a síncope associada à rigidez.

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