Efeitos do tratamento crônico de natação e da terapia estrogênica sobre a reatividade vascular coronariana e expressão das enzimas antioxidantes de ratas ovarectomizadas

Nome: ERICK ROBERTO GONÇALVES CLAUDIO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/05/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador
ROGER LYRIO DOS SANTOS Examinador Interno
VIRGINIA SOARES LEMOS Examinador Externo

Resumo: As doenças cardiovasculares representam uma grande fonte de morbidade e mortalidade na maioria dos países industrializados. Em mulheres no período pós -menopausa essas doenças permanecem como a principal causa de morte. Com a diminuição na produção dos estrógenos, observa-se o aparecimento e a elevação de vários fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento dessas doenças. Dentre esses fatores, o estresse oxidativo tem se destacado como um importante mediador com significativa contribuição na fisiopatologia de várias doenças, como a hipertensão, a aterosclerose e a disfunção endotelial. Estudos experimentais e clínicos demonstram um aumento marcante nos biomarcadores de estresse oxidativo após a menopausa. Apesar de vários trabalhos experimentais relatarem efeitos benéficos da reposição hormonal com estrogênio (E2) na redução do risco cardiovascular, os resultados de estudos clínicos ainda estão longe de serem conclusivos sobre o uso dessa terapia como indicação exclusiva de previnir e tratar as doenças cardiovasculares. Nesse contexto, modificações no estilo de vida se fazem necessárias, como a incorporação da prática regular de exercícios físicos. Muitos estudos têm demonstrado que o exercício físico pode influenciar positivamente sobre os principais fatores de risco cardiovascular, inclusive em mulheres na pós-menopausa. O objetivo do presente estudo é analisar os efeitos do treinamento físico crônico através da natação e da terapia estrogênica na reatividade vascular do leito coronariano de ratas ovariectomizadas, e o papel da expressão de enzimas antioxidantes nessas respostas. Os experimentos foram conduzidos com ratas ovariectomizadas, divididas aleatóriamente em cinco grupos: SHAM, ovariectomizadas (OVX), ovariectomizadas tratadas com E2 (OTRH), ovariectomizadas treinadas (OEX) e ovariectomizadas tratadas com E2 mais exercício físico (OTREX). A reposição com E2 foi feita através de injeções s.c. contendo 5 µg de 17β-Estradiol três vezes por semana. O treinamento foi conduzido através do treinamento contínuo de natação, por sessenta minutos diários e cinco vezes por semana. Tanto a terapia quanto o treinamento iniciaram-se sete dias após a ovariectomia e tiveram duração de oito semanas. Quarenta e oito horas após a última sessão de treinamento e/ou tratamento, as ratas foram sacrificadas para realização de dois protocolos distintos de análise. Para o estudo funcional com coração isolado, avaliou-se os efeitos dos tratamentos sobre a resposta vasodilatadora mediada pela bradicinina, e para a avaliação da expressão proteíca das enzimas antioxidantes foi realizada a dissecção das artérias coronárias. Os resultados encontrados, demonstram que o exercício e o E2 podem influenciar positivamente sobre a composição corporal. A resposta vasodilatadora foi melhorada em todos os grupos comparados ao OVX na maior concentração (1000 ng), porém foi mais pronunciada no grupo OEX, onde foi significativamente maior nas três maiores concentrações. Em relação as enzimas antioxidantes, a SOD-1 aumentou nos três grupos experimentais em relação a OVX, a catalase aumentou somente no grupo OEX comparado ao OVX, a glutationa peroxidase diminuiu em todos os grupos comparados ao SHAM e a expressão da enzima eNOS foi significativamente maior no grupo OEX em relação ao OTRH, enquanto que a de iNOS esteve diminuída apenas no grupo OEX comparado ao SHAM. Portanto, de acordo com os resultados desse estudo, pode-se concluir que tanto o treinamento físico quanto a reposição com E2 exercem efeitos cardioprotetores, e a prática regular do exercício pode ser uma excelente alternativa à terapia estrogênica em mulheres na pós-menopausa.

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