Efeitos cardiorrespiratórios da injeção intracisternal de cloreto de mercúrio

Nome: BRUNA FERNANDES AZEVEDO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/02/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador
ELISARDO CORRAL VASQUEZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CÁSSIA MARTA DE TOLEDO BERGAMASCHI Examinador Externo
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO Examinador Externo
RENAN BARROS DOMINGUES Examinador Externo

Resumo: Inúmeros estudos foram realizados com o objetivo de desvendar as alterações decorrentes da intoxicação por mercúrio no sistema nervoso central (SNC), bem como os receptores e neurotransmissores envolvidos em tais alterações. No entanto, pouco se sabe sobre as alterações cardiopulmonares decorrentes dessa intoxicação. Assim sendo, essa pesquisa teve como objetivo avaliar as alterações na PAS (pressão arterial sistólica), PAD (pressão arterial diastólica), PAM (pressão arterial media), FR (freqüência respiratória) e FC (freqüência cardíaca) após a injeção intracisternal (IC) de cloreto de mercúrio e analisar a participação do sistema nervoso autônomo em tais respostas. Foram utilizados ratos Wistar (300g). Os ratos foram divididos em onze grupos, quatro grupos Controle que receberam solução salina (5 &#61549;l, i.c); salina (5 &#61549;l, i.c) e hexametônio (20 mg/Kg i.v); salina (5 &#61549;l, i.c) e prasozin (1mg/Kg, i.v) e salina (5 &#61549;l, i.c) e metilatropina (1 mg/Kg i.v) e sete grupos experimentais que receberam microinjeções HgCl2 nas doses de 0,68, 1,2, 2,4, 60 e 120 &#61549;g/ Kg (5&#61549;l, i.c) ; 60 &#61549;g/ Kg de HgCl2, (5&#61549;l, i.c) e hexametônio (20 mg/Kg i.v), 60 &#61549;g/ Kg de HgCl2, (5&#61549;l, i.c) e prasozin (1mg/Kg i.v) e 60 &#61549;g/ Kg de HgCl2 (5&#61549;l, i.c) e metilatropina (1 mg/Kg i.v). Após indução anestésica com halotano foi feita a canulação da veia femoral e anestesia plena com uretana (1,2 g / Kg). Em seguida foi realizada a canulação da artéria femoral para registro da pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC). Foi realizado traqueostomia para registro da freqüência respiratória (FR). A exposição da cisterna magna foi feita através da retirada dos músculos esplênico da cabeça, semi-espinhal cefálico e trapézio. O animal foi colocado no estereotáxico e posicionado em decúbito ventral com estabilização da cabeça. Depois do período de estabilização, as soluções foram injetadas (salina ou HgCl2, ic) e os registros foram obtidos durante 50 minutos. O envolvimento do sistema nervoso autônomo (SNA) foi avaliado através da injeção intravenosa de hexametônio (20 mg/kg, iv), prasozin (1 mg/kg, iv) e metilatropina (1mg/kg, iv) em ambos os grupos, estas injeções intravenosas foram realizadas 10 minutos antes da injeção de HgCl2 ou salina. A injeção Intracisternal de salina ou de 0,68, 1,2, 2,4 &#61549;g / Kg de HgCl2 não modificou os parâmetros basais do sistema cardiorepiratório. A dose de 120 &#61549;g / kg provocou a parada respiratória e morte dos animais do grupo Mercúrio. Por outro lado, a microinjeção de 60 &#61549;g/kg HgCl2 i.c. induziu um aumento significativo (p <0,05) na PAS aos 30, 40 e 50 min, DAP aos 5, 10, 20, 30, 40 e 50 min, PAM aos 5, 10, 20, 30, 40 e 50 e redução da FR aos 5, 10, 20, 40 e 50 min no grupo Mercúrio. Após administração de Hexametônio esses efeitos foram abolidos. O bloqueio de receptores &#945;1-adrenérgicos aboliu o aumento da PAS, PAD, PAM e FC após microinjeção 60&#61549;g/kg HgCl2. Por outro lado, este tratamento aumentou a FR. Após a injeção de Metilatropina (1mg / Kg iv), os animais evoluíram com depressão respiratória, culminando com parada respiratória e morte. Nossos resultados demonstram que os aumentos na pressão arterial sistólica, diastólica e média induzida pela injeção de cloreto de mercúrio são mediados por ativação do sistema nervoso simpático.

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