Avaliação dos efeitos do fator estimulante de colônias de granulócitos (g-csf) sobre os parâmetros estruturais e funcionais do ventrículo esquerdo de ratos submetidos à cardiomiopatia induzida pelo isoproterenol

Nome: LUDIMILA FORECHI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/01/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO MILL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
IVANITA STEFANON Examinador Interno
JOSE GERALDO MILL Orientador
SIMONE GARCIA MACAMBIRA Examinador Externo

Resumo: Introdução: A descarga simpática maciça que ocorre em situações de estresse extremo ou com o uso de altas doses de estimulantes centrais do sistema adrenérgico tem efeitos deletérios agudos e crônicos sobre o coração em conseqüência do desenvolvimento de múltiplos pontos de necrose focal no subendocárdio e remodelamento ventricular. A injeção de altas doses de isoproterenol (ISO) tem sido usada como modelo experimental desta cardiomiopatia. Objetivo: Avaliar os efeitos da injeção do fator estimulante de colônias de granulócitos (G-CSF) neste modelo experimental em rato. Métodos: Ratos Wistar machos (N=155; 260-300g) foram divididos em 3 grupos e usados em diferentes protocolos: Controle (n=41), sem intervenção; ISO (n=65), tratado com ISO (150mg/kg/dia, sc) por dois dias consecutivos; e ISO+G-CSF (n=49), recebendo ISO no mesmo esquema e G-CSF (50&#956;g/kg/dia, sc) por 7 dias (1ª dose, 24h após a última dose de ISO). Foram retiradas alíquotas de sangue da veia safena para verificar a mobilização leucocitária ao longo do protocolo. O ecocardiograma (7,5MHz) foi realizado no início e final do protocolo. No 30º dia após ISO, os animais foram anestesiados (ketamina - 90mg/kg + xilazina - 10mg/kg, ip) para análise hemodinâmica. Em seguida, o coração foi parado (KCl 3M) e um cateter de dupla luz foi inserido no ventrículo esquerdo (VE) para obtenção da curva pressão-volume no coração in situ. Fragmentos do VE foram preparados para histologia (picrosirius) para determinação da fração volumétrica ocupada pelo colágeno. Os dados foram analisados por ANOVA de 1 e 2 vias, e os resultados expressos em média ± erro padrão da média. A significância estatística foi estabelecida para p<0,05. Resultados: A mortalidade pelo ISO foi de 18,4%, a maior parte (66,7%) ocorrendo após a primeira dose. A contagem de leucócitos no 3º dia foi maior no ISO (20,393±1,534 céls./mm3) e ISO+G-CSF (18,987±1,541) que no Controle (14,572±0,888), igualando-se no 30º dia. Não houve diferença entre grupos nas análises funcionais (hemodinâmica e ecocardiografia) e no peso corporal e de vísceras (coração, fígado e pulmão). O ISO deslocou para direita a curva pressão-volume (Controle: K1=2,70±0,32; ISO: K1=2,37±0,24; ISO+G-CSF: K1=2,69±0,36) e aumentou o diâmetro diastólico final no ecocardiograma (Controle: 7,7±0,14; ISO 8,7±0,16; ISO+G-CSF 7,8±0,09 mm; p<0.05) caracterizando dilatação ventricular no grupo ISO com prevenção pelo G-CSF. A fração de colágeno no endocárdio do VE aumentou com o ISO e foi parcialmente reduzida com o G-CSF (Controle 2,0±0,18; ISO 9,1±0,81; ISO+G-CSF 5,9±0,58%). Conclusão: O tratamento com G-CSF por 7 dias foi eficaz na prevenção da instalação da cardiomiopatia dilatada produzida pelo ISO, com diminuição da quantidade de colágeno na matriz extracelular. Esse achado pode ser devido à atenuação da lesão ou por modulação da reação inflamatória produzida pelo ISO.

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