Avaliação Cardiovascular e Respiratória de Ratas Ooforectomizadas Submetidas a Hipertensão Arterial Pulmonar Induzida pela Monocrotalina

Nome: PABLO LUCIO GAVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/12/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Interno
HELDER MAUAD Coorientador
JOSE GUILHERME PINHEIRO PIRES Examinador Externo
MARGARETH RIBEIRO MOYSES Orientador

Resumo: A hipertensão arterial pulmonar (HAP) induzida pela monocrotalina (MCT) constitui um quadro fisiopatológico que envolve várias alterações cardiovasculares, respiratórias e autonômicas. Estudos em modelos experimentais sugerem que os hormônios sexuais femininos apresentam um efeito protetor no desenvolvimento da HAP. Entretanto, os efeitos da deficiência destes hormônios sobre a HAP permanecem por serem melhor caracterizados. Os objetivos deste estudo foram avaliar as alterações hemodinâmicas, morfológicas, autonômicas, cardiovasculares reflexas, respiratórias e gasométricas
decorrentes da HAP, em fêmeas ooforectomizadas (OVX) e cirurgia fictícia (SHAM). Para tanto, foram utilizadas ratas Wistar (200-220 g), divididas em 4 grupos: CON, MCT, OVX e OVX+MCT. As ratas foram submetidas a ooforectomia ou SHAM e após 10 dias receberam
uma injeção subcutânea única de MCT (60 mg/Kg) ou o mesmo volume de salina (~0,8 mL).
Após 4 semanas foram realizados os registros cardiovasculares, respiratórios, gasométricos e histologia pulmonar. Os resultados mostraram um significativo aumento do peso seco e úmido do ventrículo direito (VD), bem como do Índice Pulmonar nos grupos tratados com MCT quando comparado aos seus respectivos grupos controles. Foi observado também que os grupos MCTs apresentaram valores significativamente elevados de pressão sistólica máxima (PSmax) do VD em relação ao seu respectivos grupo controle. Além disso, também observamos que o grupo OVX apresentou a PSmax do VD elevada quando comparado ao grupo CON. As análises morfológicas revelaram um acentuado espessamento da camada média dos ramos distais da artéria pulmonar nos grupos MCTs. Em relação a avaliação
autonômica, observamos um aumento significativo do componente simpático, bem como uma atenuação do componente parassimpático nos grupos MCT, OVX e OVX+MCT. Quanto aos parâmetros respiratórios, observamos um aumento da ventilação alveolar (VA) no grupo MCT, enquanto que o grupo OVX+MCT apresentou uma redução deste parâmetro. A avaliação gasométrica mostrou que os grupos MCTs apresentam uma diminuição da pressão parcial de O2 (PaO2) e redução da porcentagem de saturação da hemoglobina 15 (%Sat Hb) quando comparado a seus respectivos grupos controles, porém, o grupo
OVX+MCT apresentou uma redução da %Sat Hb quando comparado ao MCT. Em relação aos reflexos cardiovasculares, observamos uma atenuação do ganho barorreflexo nos grupos MCTs e também uma maior redução no grupo OVX+MCT comparado ao MCT. Na
avaliação do Reflexo Bezol-Jarisch (RBJ) observamos uma atenuação da resposta hipotensora nos grupos MCTs, porém, somente o grupo OVX+MCT apresentou uma atenuação da resposta bradicárdica. Estes resultados sugerem que a MCT promove importantes alterações cardiovasculares, autonômicas, morfologias, respiratórias,
gasométricas, as quais são agravas pela ooforectomia, sugerindo que os hormônios sexuais femininos possuem uma importante função protetora neste modelo de HAP.

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