PROPRIEDADES DE MEDIDA DA “LIFE SPACE ASSESSMENT” E FATORES ASSOCIADOS AO NÍVEL DE MOBILIDADE NA FASE AGUDA PÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Nome: ELIZANGELA KUSTER

Data de publicação: 20/03/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LAURA YUKIKO UEHARA Examinador Externo
MARIANA MIDORI SIME Examinador Interno

Resumo: Introdução: Após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) a mobilidade fica
imediatamente prejudicada e pode ser influenciada por fatores biopsicossociais. No
entanto, poucos estudos analisam a perda de mobilidade considerando os níveis de
mobilidade pré-AVC. Este estudo teve dois objetivos: (1) investigar as propriedades
de medida da Life Space Assessment, incluindo confiabilidade, erro de medida e
mudança mínima detectável, além de sua aplicação por telefone; e (2) examinar os
fatores associados à mobilidade pós-AVC. Métodos: Foram conduzidos dois estudos
metodológicos. O primeiro avaliou as propriedades da Life Space Assessment em
51 participantes na fase aguda do AVC, comparando sua aplicação presencial e
telefônica. O segundo analisou a mobilidade de 273 pacientes internados em um
hospital público no Brasil dentro de sete dias após o AVC, com acompanhamento
após quatro semanas. Foram utilizadas estatísticas descritivas, correlação de
Pearson e regressão logística. Resultados: Os resultados do primeiro estudo
indicaram que a LSA apresentou alta confiabilidade teste-reteste (ICC = 0,98; IC 95%
0,97–0,99), baixo erro de medida (3,5 pontos; 5%) e mudança mínima detectável de
10 pontos. A aplicação presencial e telefônica demonstrou equivalência significativa
(r = 0,92; IC 95% 0,86–0,95), e a confiabilidade interavaliadores por telefone foi alta
(ICC = 0,87; IC 95% 0,78–0,93), tornando a LSA um instrumento válido e confiável
para avaliar a mobilidade na fase aguda pós-AVC. O segundo estudo revelou uma
redução significativa na mobilidade após o AVC, com uma queda média de 38 pontos
na LSA (p < 0,01). A mobilidade pós-AVC foi influenciada por idade, autoeficácia, nível
de atividade pré-AVC, independência funcional, fatores ambientais e cognição,
explicando 55% da variação. A perda de mobilidade esteve particularmente associada
à autoeficácia, atividade pré-AVC e independência funcional (33% da variabilidade).
Conclusão: Os achados destacam a importância da abordagem biopsicossocial na
reabilitação e o potencial da Life Space Assessment para avaliações presenciais e
remotas, facilitando o acompanhamento e a intervenção para otimizar a recuperação
da mobilidade.

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