A EXPOSIÇÃO AO DOBRO DA DOSE DIÁRIA RECOMENDADA DE COBRE EM RATOS DIABÉTICOS INDUZ DISFUNÇÃO VASCULAR E ESTRESSE OXIDATIVO EM ANÉIS AÓRTICOS

Nome: JÚLIA ANTONIETTA DANTAS DA SILVA

Data de publicação: 19/04/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRA SIMAO PADILHA Examinador Interno
ITALLA MARIA PINHEIRO BEZERRA Examinador Externo

Resumo: Introdução: Indivíduos com diabetes, além de terem maior risco de desenvolvimento
de doenças cardiovasculares, também apresentam um desequilíbrio no metabolismo
do cobre. O cobre é um metal essencial, mas que em situações de exposição, também
pode desencadear alterações cardiovasculares. Objetivo: o objetivo desse estudo é
investigar o efeito da exposição crônica ao dobro da dose diária recomendada de
CuCl2 sobre a reatividade vascular em segmentos isolados de aorta torácica de ratos
diabéticos e não diabéticos. Método: 80 ratos Wistar, de 12 semanas, foram divididos
em quatro grupos: Controle (Ct), Cobre (Cu), Diabetes Mellitus (DM) e Diabetes +
Cobre (DM+Cu). O diabetes tipo 1 foi induzido usando estreptozotocina (65mg/kg i.p),
e os animais expostos ao cobre receberam o dobro da dose diária recomendada
(25.7g/Kg/dia CuCl2) por 30 dias. Após o tratamento, a reatividade vascular de anéis
aórticos foi avaliada. Amostras de aortas e tecido adiposo perivascular (TAP) foram
armazenadas para as avaliações histológicas, da presença de ânion superóxido
(O2
•), peróxido de hidrogênio (H2O2), óxido nítrico (NO) e de fatores pró-inflamatórios.
Resultados: Os principais achados deste estudo demonstraram que o grupo DM+Cu
teve uma pronunciada perda de peso, associada a um estado hiperglicêmico maior do

que o grupo DM, além de apresentar aumento de fatores pró-inflamatórios no TAP (IL-
6 e TNF-). Observou-se redução na reatividade vascular à fenilefrina na ausência do

TAP associados ao aumento de fatores vasodilatadores: NO e H2O2. Também foi
detectado o envolvimento de canais para K+ e de receptores AT1, e aumento da
reatividade vascular na ausência do endotélio. Adicionalmente, foi encontrado um
aumento na espessura da parede da aorta, maior deposição de colágeno, e uma
melhora no relaxamento dependente e independente do endotélio quando comparado
ao grupo DM. Já na presença do TAP, houve um aumento da reatividade vascular à
fenilefrina no grupo DM+Cu e no grupo Cu. Conclusão: Esses achados demonstram
que a exposição ao dobro da dose diária recomendada de cobre, em animais
diabéticos leva à disfunção endotelial e do tecido adiposo perivascular, associada a
um aumento nos fatores vasodilatadores e pró-inflamatórios.

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