EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO PRÉVIA DE N-ACETILCISTEÍNA NA COGNIÇÃO E NO FÍGADO EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE CONSUMO DE ÁLCOOL EM BINGE CRÔNICO NA ADOLESCÊNCIA

Nome: MATHEUS LOUREIRO DAS NEVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/02/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARMEM LUIZA SARTORIO Examinador Interno
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Orientador
MARIANA FERREIRA PEREIRA DE ARAUJO Examinador Externo

Resumo: O álcool é a droga mais consumida em todo o mundo e, nos círculos sociais de adolescentes e jovens, sua forma de consumo mais consolidada é em binge. O consumo de álcool em binge se dá pela sua ingestão episódica, em alta quantidade e em um curto período de tempo. Essa forma de consumo contribui para possíveis reações neurotóxicas, podendo causar déficits cognitivos. Além disso, essa forma de consumo de etanol é capaz de provocar prejuízos hepáticos relacionados ao estresse oxidativo e ativação de mecanismos inflamatórios nesse órgão. A N-acetilcisteína (NAC) tem sido apresentada como uma droga promissora no tratamento e reversão de efeitos causados por várias drogas de abuso, dentre elas o álcool. Neste estudo, ratos Wistar machos, adolescentes, foram divididos em seis grupos (SAL/H2O, NAC/H2O, SAL/EtOH 3 g/kg, NAC/EtOH 3 g/kg, SAL/EtOH 6 g/kg e NAC/EtOH 6 g/kg) e foram submetidos a um regime em binge crônico, com três dias de tratamento por semana ao longo de quatro semanas. Foram observados os possíveis efeitos da administração prévia de NAC sobre os danos na memória de curto e longo prazo e os prejuízos hepáticos causados pelo consumo de álcool em binge na adolescência, através de uma avaliação comportamental pelo Teste de Reconhecimento de Objetos (TRO) e de Localização de Objetos (TLO) e de análises bioquímicas no CPF, HPC e EST. Para função hepática TGO e TGP foram dosados no soro e análises histológicas do tecido hepático foram realizadas. Os resultados demonstraram que a NAC inibiu os prejuízos que o álcool provocou na memória de reconhecimento e de localização de curto e longo prazo, apesar disso, o regime de álcool em binge crônico parece não ter provocado estresse oxidativo nas regiões cerebrais estudadas. Com relação ao fígado, a NAC protegeu a função hepática contra os danos que o álcool provocou em ambas as doses. Com isso, os resultados desse estudo podem reforçar os possíveis efeitos protetores da NAC sobre a função cognitiva e danos ao fígado, auxiliando na consolidação do conhecimento do potencial desse fármaco como um adjuvante no tratamento do abuso do álcool.

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