DIFERENTES ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS PARA DANOS MOTORES E COGNITIVOS NA DOENÇA DE PARKINSON EM MODELO PRÉ-CLÍNICO
Nome: TAMARA ANDREA ALARCON FERREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 01/03/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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RITA GOMES WANDERLEY PIRES | Orientador |
SUELY GOMES DE FIGUEIREDO | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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FABIOLA MARA RIBEIRO | Examinador Externo |
FERNANDO ZANELA DA SILVA AREAS | Examinador Interno |
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES | Examinador Interno |
RITA GOMES WANDERLEY PIRES | Orientador |
VANESSA BEIJAMINI HARRES | Examinador Externo |
Resumo: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente, caracterizada pelas disfunções motoras e por sintomas não motores (SNM) como os déficits cognitivos. Os tratamentos disponíveis não previnem a progressão nem tratam os danos cognitivos da doença. Assim, o presente trabalho, foi dividido em dois capítulos com o objetivo de estudar uma ferramenta farmacológica e outra não farmacológica em um modelo de DP. No primeiro capítulo, decidimos avaliar a exposição ao ambiente enriquecido (AE), instrumento não farmacológico, na prevenção das alterações cognitivas e se as mesmas estavam relacionadas com modificações na expressão gênica de componentes do sistema colinérgico em modelo animal da DP. O tratamento com a toxina parkinsoniana MPTP (25 mg/kg) induziu déficits na memória de referência no labirinto aquático de Morris (MWM), os quais foram revertidos pela exposição ao AE. Ainda, animais expostos ao AE, sem o tratamento com MPTP, apresentaram um melhor desempenho cognitivo comparados ao grupo controle. Além disso, observamos um aumento na expressão gênica do receptor alfa 7 no córtex pré-frontal, o qual pode estar relacionado com este melhor desempenho. Diante disto, sugere-se que a exposição ao AE previne os prejuízos cognitivos na memória de referência ocasionados por este modelo da DP e facilita os mesmos, porém, estudos complementares são necessários para corroborar e/ou elucidar outras alterações bioquímicas envolvidas neste processo. No capítulo 2, avaliamos o tratamento com CTEP, um modulador alostérico negativo do receptor mGluR5, nas alterações motoras, cognitivas e bioquímicas em modelo animal da DP, e se o CTEP poderia diminuir a apoptose provocada pela toxina MPP+ em cultura primária de neurônios corticais. O tratamento com a toxina parkinsoniana MPTP (30 mg/kg) induziu uma hiperatividade motora no campo aberto, rotarod e teste de força de agarre. Além disso, observamos um prejuízo cognitivo na memória operacional no labirinto em Y. Estas alterações, não foram revertidas pelo tratamento com CTEP. Nossos dados sugerem que o tratamento com CTEP atenuou a morte dos neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra em modelo animal e reduziu a apoptose em cultura primária de neurônios corticais, mostrando o possível efeito neuroprotetor deste modulador na DP, embora, estudos adicionais sejam necessários para melhor elucidar o potencial efeito terapêutico do CTEP no tratamento da DP.