EFEITOS DO TRATAMENTO COM ÁCIDO ELÁGICO SOBRE A DISFUNÇÃO DIASTÓLICA EM RATAS OVARIECTOMIZADAS
Nome: BRUNO MAIA COSTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/02/2021
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
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| CÍNTIA HELENA SANTUZZI | Examinador Externo |
| GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU | Orientador |
| SONIA ALVES GOUVEA | Examinador Interno |
Resumo: O estresse oxidativo, resultante das doenças cardiovasculares e deficiência de estrogênio, é uma condição propícia para o desenvolvimento da disfunção diastólica ventricular, bem como, progressão e gravidade da insuficiência cardíaca. Nesse sentido, estudos buscam novas opções terapêuticas que possam reduzir o estresse oxidativo por meio de terapia alternativa natural, no qual, o ácido elágico (AE) tem se mostrado como opção por apresentar propriedades antioxidantes. O objetivo deste estudo foi analisar se o tratamento com AE é capaz de reduzir a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e prevenir a disfunção diastólica (DD), bem como investigar o envolvimento da CaMKII nesta fisiopatologia. Ratas Wistar ovariectomizadas foram subdivididas em 4 grupos: SHAM disfunção diastólica (Sham); Sham + AE; DD; DD + AE. O tratamento com AE foi realizado por 4 semanas, sendo iniciado no primeiro dia após a indução de DD. Ao término do tratamento, foi realizado a hemodinâmica cardíaca para análise das pressões sistólica (PSVE) e diastólica final do ventrículo esquerdo (PDFVE) e das derivadas máxima de contração e relaxamento do VE (dP/dt+ e dP/dt-, respectivamente). Foi avaliado o estresse oxidativo cardíaco "in situ" pela fluorescência do dihydroethidium, expressão proteica da CaMKII e enzimas pró e antioxidantes por Western blotting, assim como, atividade enzimática antioxidante por espectrofotometria. Os animais com DD apresentaram aumento da PDFVE e redução das derivadas dP/dt+ e dP/dt-, no entanto, o tratamento com AE atenuou a PDFVE, além disso, reduziu a PSVE no grupo DD+AE. A alta produção de EROs no grupo DD foi acompanhada pelo aumento na expressão de gp91phox e redução da superóxido dismutase (SOD-2), o que foi revertido no grupo DD+AE juntamente com o aumento na expressão da catalase. Foi observado aumento da atividade da SOD no grupo DD+AE, por outro lado, o mesmo não ocorreu com a catalase. Além disso, o tratamento com AE reduziu a ativação da CaMKII, analisado pela baixa expressão da p-CaMKII no grupo DD tratado, comparado ao não tratado. Diante disso, conclui-se que o tratamento com AE é capaz de atenuar a disfunção diastólica em modelo experimental de menopausa, via redução do estresse oxidativo associada à diminuição da p-CaMKII, o que torna o AE ser uma opção terapêutica natural promissora para melhor prognóstico da disfunção cardíaca em mulheres acometidas no período da menopausa.
