EFEITOS DO TRATAMENTO COM PROGESTERONA SOBRE A REATIVIDADE VASCULAR CORONARIANA DEPENDENTE DO ENDOTÉLIO EM RATAS OVARIECTOMIZADAS

Nome: TAGANA ROSA DA CUNHA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/08/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROGER LYRIO DOS SANTOS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GIRLANDIA ALEXANDRE BRASIL AMORIM Examinador Externo
ROGER LYRIO DOS SANTOS Orientador
SONIA ALVES GOUVEA Examinador Interno

Resumo: As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no mundo. Diversos estudos têm demonstrado que a incidência de doenças cardiovasculares em mulheres no período fértil é menor que em homens da mesma faixa etária. Essa diferença parece estar relacionada à ação dos hormônios femininos que conferem cardioproteção às mulheres. A terapia de reposição hormonal clássica é composta por estrogênio e progesterona, e os efeitos benéficos do estrogênio são bem estabelecidos. Por outro lado, a progesterona (P4) possui efeitos ainda controversos dependendo do leito vascular estudado. Devido a essa variabilidade da resposta em diferentes leitos vasculares à progesterona, o presente trabalho investigou os efeitos do tratamento com progesterona sobre a reatividade vascular coronariana dependente do endotélio em ratas Wistar ovariectomizadas. Para esse estudo foram selecionadas ratas adultas com 8 semanas de vida divididas em SHAM, Ovariectomizadas (OVX) e Ovariectomizadas tratadas com progesterona (OVX P4). Ao final do tratamento, a pressão arterial sistólica foi avaliada por pletismografia de cauda. Após eutanásia os corações foram removidos e a reatividade vascular coronariana foi avaliada pela técnica de Langendorff modificada. A Curva dose resposta de bradicinina (BK) foi construída seguida por inibições com 100 &#956;M L-NAME, 2,8 &#956;M indometacina (INDO), L-NAME + INDO ou L-NAME + INDO + 0,75 &#956;M clotrimazol (CLOT). A densidade protéica da eNOS total, Akt e gp91fox, foi quantificada pelo método de Western blotting. O protocolo de dihidroetídio (DHE) foi usado para quantificar a concentração de ânion superóxido (O2&#9679;-), assim como a análise de peróxido de hidrogênio (H2O2) foi realizada pelo protocolo de marcação para 2', 7'-diclorofluoresceína (DCF). Os dados foram expressos como média ± EPM e a comparação entre os grupos foi realizada por ANOVA de 1 ou 2 vias, seguida de post hoc de Tukey (p < 0,05). Não houve diferença entre os grupos em relação a pressão arterial sistólica. A pressão de perfusão coronariana (PPC) basal foi reduzida pela ovariectomia, e o tratamento com P4 foi capaz de prevenir essa redução (SHAM = 88 ± 3; OVX = 70 ± 8; OVX P4 = 96 ± 8 mmHg). Observamos que a vasodilatação coronariana dependente do endotélio, induzida pela BK, no grupo OVX foi menor e mantida no grupo OVX P4. Após inibição isolada, ou conjugada dos fatores de relaxamento dependente do endotélio (NO, PGI2 e EDHF), observamos que a vasodilatação induzida por BK foi maior no grupo OVX P4 do que nos demais grupos, e apenas a inibição combinada dos três fatores
relaxamento aboliu essa resposta. O tratamento com progesterona preveniu o estresse oxidativo induzido pela ovariectomia. Estes resultados sugerem que a progesterona possui ação benéfica sobre o leito vascular coronariano, impedindo os efeitos deletérios sobre o endotélio provocados pela deficiência de hormônios sexuais ovarianos promovida pela ovariectomia.

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