EFEITOS DA LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA NA CAVIDADE ORAL EM PACIENTES COM TUMORES NÃO HEMATOLÓGICOS EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
Nome: BEATRIZ COUTENS DE MENEZES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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CARMEM LUIZA SARTORIO | Co-orientador |
SONIA ALVES GOUVEA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARMEM LUIZA SARTORIO | Coorientador |
GIRLANDIA ALEXANDRE BRASIL AMORIM | Examinador Externo |
NAZARE SOUZA BISSOLI | Examinador Interno |
SONIA ALVES GOUVEA | Orientador |
Resumo: A quimioterapia citotóxica é um dos tratamentos utilizados para câncer não hematológicos (tumores sólidos), associada à radioterapia e ou cirurgia. Por não apresentar especificidade no mecanismo de ação celular, a quimioterapia está associada à vários efeitos adversos como alopécia, alteração da resposta imunológica, náusea, vômito, diarreia, mucosite oral entre outros. A mucosite oral, clinicamente, se apresenta desde eritema até ulcerações em toda a mucosa oral, associado a dor intensa, dificuldade de ingestão alimentar e hídrica. Devido ao agravamento da mucosite oral o paciente pode evoluir para desnutrição, desidratação, infecção, internação, adiamento ou interrupção do tratamento antineoplásico. Ações preventivas e terapêuticas tem sido proposta. A laserterapia de baixa potência na frequência entre 600nm a 650nm (vermelho) e em doses entre 2 e 3 J/cm2 , se mostra efetiva na prevenção da mucosite oral induzida por radioterapia para tumores na região da cabeça e pescoço, devido à ação anti-inflamatória, analgésica e de reparação tecidual. É escassa a literatura sobre laserterapia de baixa potência em quimioterapia para outros tumores sólidos, é geralmente descrita associada a quimioterapia para cânceres hematológicos, que utilizam quimioterápicos de alta dose, onde a mucosite oral desenvolvida é normalmente de maior gravidade e duração. Diante destas observações propõe-se a avaliação da capacidade de prevenção da laserterapia, na frequência de 630nm, com dose de 2J/cm2 , para prevenção da mucosite oral induzida por quimioterapia especificamente para tumores não hematológicos. Para este estudo foram analisados 287 prontuários de pacientes em tratamento quimioterápico em diferentes localizações de tumores sólidos, como em mama, no trato gastrintestinal, fígado, pâncreas entre outros. Foram coletados dados epidemiológicos, marcadores de imunidade (leucócitos totais e neutrófilos), efeitos colaterais gerais, desenvolvimento ou não de mucosite oral e o grau, além da realização ou não de laserterapia de baixa potência para prevenção da mucosite oral. Para avaliar o possível envolvimento do estresse oxidativo no desenvolvimento da mucosite oral e na ação da laserterapia, em 35 pacientes foram coletados sangue periférico antes do início do tratamento de quimioterapia e no último ciclo do tratamento. Analisado, através do soro sanguíneo, a enzima superóxido dismutase (SOD), uma importante enzima antioxidante no processo relacionado ao estresse oxidativo (desbalanço entre a oxidação e ações antioxidantes). De acordo com os resultados apresentados neste estudo, a laserterapia de baixa potência no protocolo proposto se apresenta eficiente para redução do desenvolvimento da mucosite oral nos pacientes em quimioterapia (p=0,0001), e capaz de reduzir a gravidade das lesões em mucosa oral, nos pacientes que desenvolveram mucosite após o uso do laser para prevenção