AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO E DA TERAPIA COM CPAP NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM PACIENTES COM APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO
Nome: LUIS HENRIQUE CÊIA CIPRIANO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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SONIA ALVES GOUVEA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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HELDER MAUAD | Examinador Externo |
JOSE GERALDO MILL | Examinador Interno |
SONIA ALVES GOUVEA | Orientador |
Resumo: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma doença caracterizada por episódios de obstrução completa ou parcial da vias aéreas superiores (VAS) e a sua prevalência tem aumentado nos últimos anos. Seus principais fatores de risco são: idade, o sexo masculino e a obesidade. Além dos problemas relacionados à fragmentação do sono, a AOS pode gerar problemas relacionados ao sistema cardiovascular, devido ao seu potencial em causar hipertensão. Isso ocorre devido a alguns fatores, dentre eles a elevação do tono simpático, o estresse oxidativo, de mediadores inflamatórios, e de alterações na pressão intratorácica. Contudo, o desbalanço autonômico gerado pelo aumento da ativação do quimiorreflexo central e periférico e pela inibição barorreflexa parece ser o principal fator responsável pela elevação da pressão arterial. Dessa forma, é importante que se investigue métodos que visem melhorar a saúde cardiovascular destes indivíduos. Objetivo: Investigar se o treinamento físico pode aumentar a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) e parâmetros clínicos de pacientes com AOS em comparação com o uso do CPAP. Métodos: Ensaio clínico aberto com 39 indivíduos com apneia moderada a grave no sono. Os indivíduos foram divididos em dois grupos recebendo terapia por exercício ou CPAP. A avaliação da VFC, pressão arterial, frequência cardíaca (FC) de repouso, composição corporal e aplicação de questionários obtidas antes e após os tratamentos. Os dados foram analisados pelo teste t de Student e pelo teste de Wilcoxon, usando o intervalo de confiança de 95% e o nível de significância de 5%. Foram usados média e desvio padrão. Resultados: Foi observado que os indivíduos com AOS apresentavam desbalanço autonômico pela razão LF/HF se comparado aos valores de referência (P=0,04,tabela 1), com redução do parâmetro HF (P= 0,02, tabela 1). Nas escalas do sono, houve diferença significativa apenas após a terapia com CPAP na escala de Pittsburg (P=0,03, tabela 3). Após 8 semanas de treinamento físico foi verificado diminuição de PAS e FCrep, redução de LF e da razão simpato-vagal LF/HF (P<0,05, tabela 4). No mesmo grupo também houve aumento nos componentes parassimpáticos PNN50 e HF (P<0,05,tabela 4). Na estratificação
dividimos do grupo TF, verificamos que houve uma melhora nos parâmetros PAS, HF(nu) e HF(p< 0,05, tabela 5) no grupo hipertenso e uma melhora de PAS, PAD, Pnn50, LF E HF (p< 0,05, tabela 5) nos não hipertenso. E na comparação entre grupos, tivemos uma queda mais expressiva da PAS nos hipertensos (p< 0,05, tabela 5). Ambos os grupos tiveram perda de peso corporal, o grupo TF obteve esse resultado e perda de IMC mesmo com aumento de massa magra (p< 0,05, tabela 7). Já o grupo TC obteve perda de peso corporal por perda de MG e MME magra (p< 0,05, tabela 7).