Diferenças sexuais no relaxamento induzido pela progesterona no leito coronariano de ratos normotensos

Nome: JÉSSYCA APARECIDA SOARES GIESEN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/05/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROGER LYRIO DOS SANTOS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
HELDER MAUAD Examinador Externo
JONES BERNARDES GRACELI Examinador Interno
ROGER LYRIO DOS SANTOS Orientador

Resumo: A progesterona parece exercer um papel na fisiologia cardiovascular uma vez que seus receptores são expressos em células endoteliais de ambos os sexos de mamíferos, entretanto pouco se sabe sobre sua ação na circulação coronariana.
Desta forma, nosso objetivo foi investigar o efeito da administração aguda de progesterona e envolvimento de seus possíveis mediadores endoteliais sobre o leito vascular coronariano de ambos os sexos de ratos normotensos. Utilizamos ratos de ambos os sexos para os protocolos previamente aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do Espírito Santo (CEUA – UFES, número
64/2017). Os protocolos experimentais foram conduzidos pelo método de Langendorff modificado. A reatividade vascular do leito coronariano foi avaliada por curva dose resposta de progesterona (1-50 μM, in bolus) em corações isolados de fêmeas e machos. A pressão de perfusão coronariana (PPC) foi determinada e o efeito da progesterona foi avaliado antes e após perfusão com Nω-nitro-L-arginine methyl ester
(L-NAME, 100 μM), indometacina (2.8 μM), clotrimazol (0,75 μM), catalase (1000 u/mL), Tiron (1 mM) e apocinina (30 μM), mifepristona (1 μM) e G36 (1 μM), por 20 minutos. As análises dos níveis de óxido nítrico (NO), ânion superóxido (O2 ●-) e peróxido de hidrogênio (H2O2) foram realizadas por DAF-2 (10 μM), DHE (5 μM) e DCF-DA (10 μM), respectivamente, com estímulo de progesterona (50 μM) na presença de L-NAME (300 μM), Tiron (10 μM) e catalase (1000 u/mL). As fêmeas apresentaram uma PPC maior que os machos. Entretanto, a progesterona promoveu relaxamento de forma similar em ambos os sexos. Após inibição da síntese de NO tanto fêmeas quanto machos tiveram a resposta vasodilatadora aumentada, quando comparada a resposta na ausência de inibidor. Essa resposta foi confirmada com o
aumento da produção de NO em ambos os sexos sob estímulo da progesterona. Após inibição da síntese de prostanóides, apenas os machos tiveram a resposta reduzida. Quando inibimos a síntese dos ácidos epoxieicosatrienóicos (EETs), candidatos a fator hiperpolarizante derivado do endotélio (EDHF), a resposta a progesterona foi similar em ambos os sexos. Embora os machos tenham apresentado produção aumentada de H2O2, apenas as fêmeas tiveram a vasodilatação a progesterona reduzida quando inibimos esse outro possível candidato a EDHF. Além disso, o O2 ●- parece estar envolvido nesta resposta nas fêmeas, tendo em vista que a produção de O2 ●- foi aumentada após estimulação com progesterona e a vasodilatação a
progesterona foi diminuída tanto na presença de Tiron quanto de apocinina. Após inibição de receptores nucleares de progesterona (PR), com mifepristona, apenas as fêmeas tiveram a resposta atenuada. Em contrapartida, após inibição do receptor de estrogênio acoplado à proteina G (GPER), com G36, o relaxamento foi completamente abolido em ambos os sexos. Estes resultados sugerem papel protetor da progesterona, de modo a promover relaxamento no leito coronariano de ratos de ambos os sexos por meio de mediadores endoteliais sexo específico.

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