A Exposição Única ao Contaminante Ambiental Tributilestanho induz Disfunção Endotelial e Estresse Oxidativo em Aorta

Nome: GERSICA DE ALMEIDA CORREIA SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/09/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
EDUARDO HERTEL RIBEIRO Co-orientador
IVANITA STEFANON Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDUARDO HERTEL RIBEIRO Coorientador
IVANITA STEFANON Orientador
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Examinador Interno
TADEU UGGERE DE ANDRADE Examinador Externo

Resumo: INTRODUÇÃO: Os organoestanhos como o tributilestanho (TBT) são contaminantes ambientais com efeito citotóxico. Animais expostos cronicamente ao TBT apresentam disfunção da reatividade vascular associada ao aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). O objetivo deste estudo foi investigar o efeito de uma única exposição ao TBT. A reatividade vascular de anéis isolados de aorta de ratas foi avaliada 24 horas após a exposição a uma dose única de TBT (500 ng/kg) por gavagem. METODOLOGIA: Ratas Wistar (240-260 g) foram divididas nos grupos controle (CT), e expostas a dose única de TBT. A aorta foi isolada e cortada em anéis, que foram imersos em solução de Krebs submetidos à curva concentração resposta da fenilefrina (FE), L-NG-nitroarginina metil ester (L-NAME),
Apocinina, Tiron e Losartan. A resposta vasodilatadora foi avaliada através do relaxamento de doses crescentes de Acetilcolina (ACh). Além disso, foi medida a presença de EROs através da intensidade da fluorescência produzida pela oxidação do dihidroetideo (DHE). Os dados foram expressos como média ± EPM e analisados por ANOVA 2 vias ou teste t não pareado com significância de p<0,05. Os devidos protocolos foram aprovados pela Comissão de Ética em Experimentação
Animal UFES (Protocolos 27/2016). RESULTADOS: Os anéis de aorta do grupo TBT apresentaram redução da sensibilidade (pD2) e da resposta máxima (Rmáx) a ACh (pD2 TBT: 6,37 ± 0,27* vs CT: 7,3 ± 0,25; Rmáx TBT: 77 ± 5,18* vs CT: 92,9 ± 1,88*; *p < 0,05 vs CT), e aumento da resposta máxima e da sensibilidade a FE (Rmáx: TBT: 142 ± 7,2** vs CT: 110 ± 4% KCl, ** p < 0,01; pD2: TBT: 7,68 ± 0,08* vs CT: 7,19 ± 0,13 % KCl, *p < 0,05 vs CT). A incubação dos anéis de aorta com LNAME aumentou a reatividade a FE em ambos os grupos (Rmáx TBT: 142,2 ± 7,2 vs TBT L-NAME: 175 ± 7,8# e CT: 110 ± 4 vs CT L-NAME: 165,7 ± 8,6** % KCl, # p < 0,05 vs TBT; ** p < 0,01 vs CT). Entretanto, a área abaixo da curva (dAUC %) foi menor no grupo TBT vs CT (CT: 52,4 ± 4,61 vs TBT: 35,8 ± 4,31* p < 0,05). A resposta máxima a FE foi reduzida no grupo TBT após incubação com Apocinina,
Tiron, Catalase e Losartan (TBT: 142 ± 7,2 vs TBT APO: 102,9 ± 5,42# #; TBT TIRON: 104,3 ± 9,3# #; TBT Catalase: 89,16 ± 9,65# #; TBT LOS:101,8 ± 7,38# # % KCl; # # p< 0,01 vs TBT). A aorta dos animais expostos ao TBT apresentaram aumento de EROs. CONCLUSÃO: Concluímos que 24 h após a exposição a uma única dose de TBT 500 ng/kg, causa disfunção endotelial, aumento da resposta asoconstrictora a fenilefrina e redução da resposta vasodilatadora a acetilcolina que
parece ser mediada pelo estresse oxidativo vascular.

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