INVESTIGAÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL, COCAÍNA E CRACK POR VÍTIMAS DE HOMICÍDIO NA REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE VITÓRIA - ES
Nome: EVANDRO CARLOS LEBARCH
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 28/08/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS | Orientador |
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS | Orientador |
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO | Examinador Externo |
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES | Coorientador |
MARIA CARMEN VIANA | Examinador Externo |
SONIA ALVES GOUVEA | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: Antecedentes: O uso de drogas de abuso é frequentemente relacionado à violência, mas não há estudos que tenham apresentado análises toxicológicas quantitativas em vítimas fatais na Região Metropolitana da Grande Vitóri, Espírito Santo. Objetivo: Identificar e quantificar álcool, cocaína e metabolitos, e crack através do seu produto de pirólise em vítimas de homicídios na Região Metropolitana da Grande Vitória.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal, que examina a presença e as concentrações sanguíneas de álcool, cocaína e benzoilecgonina e anidroecgonina metil éster, como indicativo de uso de crack, em uma amostra de 485 de 976 vítimas de homicídios na Região Metropolitana da Grande Vitória do Espírito Santo - Brasil durante o ano de 2014.
Resultado: A grande maioria das vítimas (85,3%) foi de jovens com idade entre 18 a 40 anos. Uma alta proporção destas amostras (48,7%) mostrou somente álcool (25,8%) ou crack ou cocaína isoladamente (41,1%), ou uma mistura de cocaína e álcool (33,1%). Uma elevada porcentagem de crack ou cocaína foi encontrada em extremos de idades: em vítimas muito jovens, menores de 18 anos (73,3%) e entre
18 a 30 anos (52,7%), e em vítimas de idades mais avançadas, 51 a 60 anos (50%) e acima de 60 anos (66,7%). Embora em número menor (9,1%), a maioria das vítimas femininas foram positivas para drogas (54,5%), sendo que a metade (50%) destas apresentaram crack ou cocaína. As quantidades de álcool foram maiores em vítimas adultas e mais velhas, a cocaína foi mais frequente entre adultos jovens e o
anidroecgonina metil éster foi encontrada em vítimas mais jovens. A benzoilecgonina foi encontrada em maiores quantidades em mulheres.
Conclusão: Quase metade da amostra de vítimas de homicídio da Região
Metropolitana de Vitória apresentou drogas no sangue. Algumas delas,
especialmente os jovens ou mulheres, com concentrações sanguíneas muito elevadas de cocaína, benzoilecgonina ou anidroecgonina metil éster.