A INGESTÃO ELEVADA DE FRUTOSE ALTERA A REATIVIDADE VASCULAR MESENTÉRICA EM RATOS NORMOTENSOS

Nome: GLAUCIENE JANUÁRIO DE SOUSA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/02/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCELO PERIM BALDO Orientador
NAZARE SOUZA BISSOLI Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Examinador Externo
MARCELO PERIM BALDO Orientador
NAZARE SOUZA BISSOLI Coorientador
SONIA ALVES GOUVEA Examinador Interno

Resumo: As doenças metabólicas crônicas são um resultado comum do estilo de vida ocidental moderno, como mostrado pela atual prevalência de obesidade, resistência à insulina e síndrome metabólica (SM), que se correlaciona com o aumento do consumo de frutose e pode levar a doenças cardiovasculares. Hipotetizamos que a ingestão crônica de elevadas concentrações de frutose mimetiza os estágios iniciais da doença cardiometabólica como a SM, levando a alterações vasculares iniciais. Métodos: Ratos wistar foram separados em dois grupos: (FRU) frutose 10% em água de beber por 6 semanas e (CON) controle sem frutose. A pressão arterial foi avaliada por pletismografia de cauda. Realizou-se avaliação da glicemia de jejum e teste de tolerância à glicose e a insulina utilizando um glicosímetro. A reatividade dos leitos vasculares mesentéricos foi testada em um sistema de perfusão. Realizou-se a análise da expressão de iNOS, eNOS, Nox2 e COX-2 por Western Blot. A coloração com dihidroetídeo (DHE) foi utilizada para a detecção vascular de ânion superóxido (O2-). A microscopia eletrônica de varredura forneceu a observação ultraestrutural dos vasos. Resultados: A pressão arterial não foi alterada. FRU mostrou aumento da deposição de gordura visceral e peso do fígado, bem como aumento da glicose de jejum e tolerância prejudicada à insulina e a glicose. A frutose aumentou a vasoconstrição induzida por noradrenalina (NOR), que foi abolida tanto pela indometacina como pela remoção do endotélio. O relaxamento induzido por acetilcolina (ACh) foi preservado, e o L-NAME promoveu redução significativa da resposta no grupo FRU. O relaxamento induzido por nitroprussiato de sódio (NPS) não foi alterado. No grupo FRU a expressão protéica de iNOS foi maior e não houve alterações de eNOS, Nox2 e COX-2. DHE não mostrou diferenças. As imagens de microscopia eletrônica de varredura mostraram uma ligeira desordem na superfície da camada endotelial que são sugestivas de desarranjo da camada íntima com mudança da forma e disposição das células endoteliais. Conclusões: A ingestão elevada de frutose leva a um distúrbio metabólico e promove aumento da vasoconstrição induzida pela NOR por meio da via das prostaglandinas endoteliais, bem como aumento do relaxamento mediado pelo NO associado ao aumento da iNOS.

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