Summary: Ratos que sofrem a ligação da coronária descendente anterior esquerda e apresentam infarto transmural do miocárdio são frequentemente utilizados como modelos experimentais de insuficiência cardíaca. Este modelo simula a causa mais comum de IC em humanos e é de grande valia para a compreensão das repercussões cardiovasculares após o infarto. A ligação da coronária em ratos produz disfunção ventricular e a magnitude do prejuízo tem sido frequentemente associada ao tamanho da área de infarto. A IC é evidenciada através de alterações hemodinâmicas e funcionais cardiopulmonares. Em modelos de ratos infartados a pressão diastólica final do VE acima de 15 mmHg está correlacionada com redução da velocidade de encurtamento do miocárdio, dilatação do átrio esquerdo e congestão pulmonar. Além das alterações cardiopulmonares e hemodinâmicas uma variedade de sinais identifica os animais que desenvolvem a insuficiência após o infarto como dispnéia, letargia e edema de membros inferiores. Esses sinais são acompanhados do aumento da razão peso pulmão e peso corporal. Quando avaliados hemodinamicamente, esses animais também apresentam diminuição da pressão sistólica do VE e aumento da pressão diastólica final do VE. Em estudos anteriores realizados em nosso laboratório foi demonstrado que ratos com a mesma área de infarto que apresentaram ou não sinais de IC respondem diferentemente à reatividade vascular (Pereira e cols., 2004). A partir deste estudo, dois grupos de animais foram identificados após o IM: ratos infartados com sinais de IC e ratos infartos sem sinais de IC. Este último grupo manteve a pressão diastólica final no VE semelhante ao grupo Sham, não apresentou aumento da razão peso do pulmão e peso corporal, além de manter normal a razão peso do VD e peso corporal. Mais recentemente demonstramos também a existência de diferenças na função contrátil do VD e do VE dos animais infartados com e sem sinais de IC, porém com mesma área de infarto. No ventrículo direito de ratos infartados sem sinais de IC a função contrátil foi preservada enquanto, que os animais infartados que apresentaram sinais de IC tiveram a contratilidade prejudicada. Neste projeto de pesquisa objetivamos avaliar os mecanismos celulares envolvidos nestes mecanismos de remodelamento ventricular. No primeiro estudo focalizaremos as alterações da contratilidade miocárdica dependentes das alterações no acoplamento excitação contração no miócito ventricular. Abordaremos assim, a participação das proteínas envolvidas no processo de acoplamento excitação contração no miocárdio de animais infartados com e sem sinais de insuficiência cardíaca. O segundo grande estudo vinculado a este projeto de pesquisa abordará a participação da cardiotrofina e de mediadores pró-inflamatórios presentes no coração após o infarto. Este estudo é parte do projeto de doutorado sandwich da aluna Karina Giuberti, orientada por mim e co-orientada pelo Dr. Vicente Lahera Juliá, por meio do convenio estabelecido entre esta Universidade e a Universidad Complutense, Madri, Espanha. O terceiro estudo visa avaliar a participação da enzima iNOS sobre a resposta β3 adrenérgica nesta disfunção contrátil após o infarto do miocárdio.

Starting date: 01/01/2008
Deadline (months): 24

Participants:

Rolesort descending Name
Coordinator * IVANITA STEFANON
Researcher * DALTON VALENTIM VASSALLO
Researcher * AURÉLIA ARAÚJO FERNANDES
Researcher * RAQUEL BINDA PEREIRA
Student Doctorate * EDUARDO HERTEL RIBEIRO

Pages

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105