EFEITOS DA LECTINA DE DIOCLEA VIOLACEA NA LESÃO RENAL AGUDA INDUZIDA POR ISQUEMIA/REPERFUSÃO RENAL

Nome: FLÁVIA PRISCILA SANTOS FREITAS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 22/12/2015
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
AGATA LAGES GAVA Orientador
ELISARDO CORRAL VASQUEZ Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
BENILDO SOUSA CAVADA Examinador Externo
CAMILLE DE MOURA BALARINI Examinador Externo
BIANCA PRANDI CAMPAGNARO Examinador Externo
LEONARDO DOS SANTOS Examinador Interno
AGATA LAGES GAVA Orientador

Páginas

Resumo: A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada por um rápido e potencialmente reversível declínio na função renal; no entanto, o tratamento atual da LRA não é específico e está associado a cuidados de suporte limitados. Considerando a necessidade de novas abordagens terapêuticas, acreditamos que a lectina de Dioclea violacea (Dvl), por possuir propriedades anti-inflamatórias, pode ser benéfica para o tratamento da LRA induzida por isquemia/reperfusão renal (I/R).
Dvl (1 ml/kg, i.v.) ou veículo (100 μL) foram administrados a ratos Wistar anteriormente à indução da isquemia renal bilateral (45 minutos). Após 24 horas de reperfusão, osclearances de inulina e paraminohipurato foram realizados para determinar a taxa de filtração glomerular (TFG), o fluxo plasmático renal (FPR), o fluxo sanguíneo renal (FSR) e a resistência vascular renal (RVR). Ureia plasmática, creatinina plasmática e proteinúria foram analisadas por espetrofotometria. A inflamação renal foi medida usando a atividade de mieloperoxidase (MPO). Cortes do rim foram corados com hematoxilina-eosina para avaliação de alterações morfológicas. A produção de ânion superóxido, peróxido de hidrogênio, peroxinitrito, radical hidroxil, óxido nítrico e apoptose nos rins foram avaliados por citometria de fluxo.
A I/R resultou em TFG, FPR e FSR diminuídos e aumentou a RVR, uremia e creatinina plasmática; porém, estes parâmetros foram melhorados em ratos que receberam Dvl. Não houve diferenças na proteinúria dos diferentes grupos. As alterações histomorfológicas induzidas pela LRA, como dilatação tubular, necrose tubular e deposição de material protéico, foram atenuadas pela administração de Dvl. O tratamento com Dvl resultou em diminuição na atividade de MPO, estresse oxidativo e apoptose nos ratos submetidos à I/R.
Nossos dados mostraram que a Dvl possui um efeito protetor no rim, melhorando a função renal após a lesão por I/R, provavelmente devido à redução do recrutamento de neutrófilos e do estresse oxidativo. Estes resultados indicam que a Dvl pode ser considerada como uma nova abordagem terapêutica para a LRA induzida por I/R.

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