Curso temporal das alterações na variabilidade da frequência cardíaca e da pressão arterial após infarto do miocárdio em ratos

Nome: RAFAELA AIRES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/06/2015
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
JOSE GERALDO MILL Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
EDUARDO MIRANDA DANTAS Examinador Externo
MARCELO PERIM BALDO Examinador Interno
JOSE GERALDO MILL Orientador

Resumo: Introdução: O infarto do miocárdio (IM) cursa agudamente com redução do desempenho mecânico do coração e consequente queda do débito cardíaco (DC) e pressão arterial (PA). Adaptações autonômicas ocorrem visando manter níveis pressóricos adequados para a perfusão tecidual. Os ajustes autonômicos podem variar ao longo do tempo. Objetivo: Determinar o curso temporal do balanço autonômico nas fases aguda (1-3 dias), sub-aguda (7 dias) e crônica (21 dias) do IM em ratos. Métodos: O balanço autonômico foi avaliado pela análise temporal e espectral da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da pressão arterial (VPA) obtidos a partir do registro da PA pulsátil (30 min) nos animais acordados após IM ou operação simulada (OS). Os dados são média ± EPM. Resultados: A frequência cardíaca (FC) manteve-se inalterada no grupo OS e foi maior (P <0,01) em ratos de 1 e 3 dias após o IM (OS-1= 356±9.7 bpm vs IM-1= 438±13 bpm; OS-3= 346±17; IM-3= 411±8.4) com progressiva recuperação dos níveis basais (OS-7= 345±4.2 bpm vs IM-7= 382±14 bpm; OS-21= 339±10 bpm vs IM-21= 375±17 bpm) (P=0.001 no teste F de interação, ANOVA-duas vias). IM determinada redução global da VFC, em ambos os componentes HF e LF da análise espectral. O componente HF (n.u.) da VFC foi significantemente menor nos ratos IM 1(P<0.01) e IM-3 dias (P<0.05) comparado com os grupos controles (OS-1= 68±4 vs IM-1= 35.3±4.3; OS-3= 71±5.8 vs IM-3= 45.2±3.8; OS-7= 69.2±4.8 vs IM-7= 56±5.8; OS-21= 73±4 vs IM-21= 66±6.6), mostrando recuperação parcial ao longo do tempo (P= 0.001 no teste F de interação; ANOVA-duas vias). O IM também atenuou a VPA, visto na redução significante do componente LF em valores absolutos e normalizados em todo período estudado (OS-1= 39.3±7 vs IM-1= 13±3.5; OS-3= 55±4.5 vs IM-3= 35±4.7; OS-7= 46.8±4.5 vs IM-7= 25±2.8; OS-21= 45.7±5 vs IM-21= 21.4±2.8; P=0.001 no teste F de interação; ANOVA-duas vias). O componente HF da VPA não foi afetado pela ligadura coronariana. Conclusão: Os dados sugerem que a taquicardia inicial na fase aguda MI é devida principalmente à remoção da modulação parassimpático para o coração. A recuperação da FC de repouso é temporalmente associada à recuperação do balanço autonômico com predominância parassimpática.
Palavras chave: Infarto do miocárdio, variabilidade da frequência cardíaca, variabilidade da pressão arterial, sistema nervoso autônomo, análise espectral da potência.

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