Efeitos do tratamento intramuscular por quinze
dias com óleo de linhaça sobre a reatividade
vascular em anéis de aorta de ratos

Nome: DIELI OLIVEIRA NUNES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/05/2014
Orientador:

Nome Papelordem crescente
ALESSANDRA SIMAO PADILHA Orientador

Banca:

Nome Papelordem crescente
ALESSANDRA SIMAO PADILHA Orientador
MARCELO PERIM BALDO Examinador Interno
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Externo

Resumo: Alguns óleos vegetais são fontes alternativas de ácido graxo poliinsaturado
ômega-3, com destaque para o óleo de linhaça por apresentar maior
concentração de ácido graxo ômega-3 na forma de ácido -linolênico dentre as
sementes vegetais. Intervenção nutricional, com o aumento da ingestão de ácidos
graxos ômega-3, tem sido considerado como uma estratégia eficaz para prevenir
ou reduzir os fatores de risco das doenças cardiovasculares. Embora o óleo de
linhaça possa exercer efeitos cardiovasculares benéficos, o mecanismo de ação
vascular ainda não é bem conhecido. Assim, o objetivo do presente estudo foi
avaliar os efeitos do tratamento intramuscular por quinze dias com óleo de linhaça
sobre a função vascular em anéis isolados de aorta de ratos. Os animais foram
tratados diariamente (0.1mL, i.m.) com óleo de linhaça ou óleo mineral (grupo
controle) durante quinze dias. Ao final do tratamento, os ratos foram anestesiados
e, amostras de plasma e de soro foram coletadas e armazenadas a -80° C até
serem utilizadas para avaliar malondialdeído e proteína C-reativa,
respectivamente. A aorta torácica foi utilizada para se avaliar a expressão proteica
da isoforma endotelial da ciclooxigenase-2, produção in situ de ânion superóxido
e também, para os experimentos de reatividade vascular. Tratamento (i.m.) com
óleo de linhaça aumentou a resposta vasoconstritora à fenilefrina em anéis de
aorta sem alterar a resposta vasodilatadora dependente ou independente do
endotélio. A remoção do endotélio ou a incubação com L-NAME aumentaram a
resposta à fenilefrina tanto no grupo tratado quando no controle, porém esse
efeito foi similar em ambos os grupos. A incubação com indometacina (10 µM),
inibidor não específico da ciclooxigenase; NS 398 (1 µM), inibidor específico da
ciclooxigenase-2 (COX-2); SQ 29,548 (1 µM), antagonista do receptor TP receptor
do tromboxano A2; furegrelato (1 µM) inibidor da síntese do tromboxano
A2; e dexametasona (1 µM) inibidor da fosfolipase A2, apocinina (10 µM), um
inibidor seletivo da enzima NADPH oxidase; tiron (1 mM), um varredor não-
enzimático de ânion superóxido, reverteu parcialmente os efeitos induzidos pelo
óleo de linhaça sobre a reatividade à fenilefrina. Além disso, este tratamento
aumentou a produção basal de ânion superóxido e a expressão proteica da COX2
no grupo tratado com óleo de linhaça comparado ao controle. No entanto, não foi observado alterações nos níveis plasmáticos de malondialdeído e proteína C-
reativa no soro. Estes achados sugerem que as alterações na resposta contrátil à
fenilefrina observadas nos animais expostos ao óleo de linhaça estão associadas
a maior liberação de prostanóides vasoconstritores derivados da COX-2,
especialmente o tromboxano A2, e ao aumento das espécies reativas de oxigênio,
com destaque para os ânion superóxidos via NADPH oxidase, culminando em
estresse oxidativo. Dessa forma, este estudo fornece uma nova visão sobre os
efeitos do tratamento (i.m.) com óleo de linhaça sobre a função vascular.

Palavras-chave: Ômega-3, óleo de linhaça, intramuscular, aorta, reatividade
vascular, estresse oxidativo.

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