Avaliação do desempenho cardíaco de ratos infartados tratados com óleo de soja via intramuscular

Nome: SÉRGIO LISBÔA JÚNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/11/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
IVANITA STEFANON Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Externo
IVANITA STEFANON Orientador
LEONARDO DOS SANTOS Coorientador

Resumo: Após o infarto do miocárdio, o remodelamento das câmaras cardíacas ocorre secundariamente à sobrecarga do ventrículo esquerdo com redução da contratilidade miocárdica (Stefanon et al, 1994;. Mill et al 2011). Em um estudo com ratos saudáveis foi demonstrado que o tratamento com óleo de soja, 100 µL por via intramuscular durante 15 dias, aumenta o desempenho cardíaco sem alterar a pressão arterial associado com aumento de atividade da Na+/K+ ATPase e da expressão da proteína SERCA2a (Ribeiro Junior et a., 2010). Considerando que a diminuição da contratilidade miocárdica após o infarto do miocárdio está associada com alterações na expressão destas enzimas, o objetivo deste estudo foi avaliar se o tratamento com óleo de soja via intramuscular por 15 dias, pode melhorar o desempenho cardíaco de ratos submetidos ao infarto agudo do miocárdio. Para este estudo foram usados ratos Wistar machos (230-250 g). Todos os ratos tiveram livre acesso à água e foram alimentados com ração ad libitum. Os animais foram divididos em quatro grupos: grupo Sham Soja: animais submetidos à operação simulada e tratados com óleo de soja 0,1 mL i.m. por quinze dias; grupo Sham: Os animais foram submetidos a operação simulada e foram tratados com 0,1 mL de solução de NaCl a 0,9% durante quinze dias; grupo Infarto do Miocárdio (IM) Soja : a artéria coronária esquerda foi permanentemente ocluída e os animais foram tratados com 0,1 mL de óleo de soja por via i.m. durante 15 dias; grupo infarto do miocárdio (IM): a artéria coronária esquerda foi permanentemente ocluída e os animais foram tratados com 0,1 mL de solução de NaCl a 0,9% durante quinze dias. Após 15 dias de tratamento os animais foram anestesiados e sacrificados para avaliar a pressão arterial e ventricular, e a contratilidade miocárdica em coração isolado perfundido pela técnica de Langendorff em fluxo constante, nutridos com solução de Krebs. Os valores foram analisados pelo teste t ou ANOVA (uma ou duas vias). Quando a ANOVA revelou uma diferença significativa para p <0,05, os testes de Tukey ou de Bonferroni foram aplicados. Resultados: A área de cicatriz do miocárdio não foi diferente entre os grupos (IM Soja: 34.13 ± 5 % N = 8; IM: 34.75 ± 6 % N= 8). O tratamento com óleo de soja não alterou o peso do ventrículo esquerdo. No entanto, o grupo infartado tratado com óleo de soja apresentou melhor desempenho cardíaco em relação ao grupo infartado tratado com placebo sendo esse aumento acompanhado por aumento na PAS (IM: 89,11 + 6,4 mmHg x IM Soja: 108,6 + 9,5 mmHg) e diminuição da PDFVE (IM: 6.37 ± 0.9 mmHg x IM Soja: 4.72 ± 0.4 mmHg). Além disso, a resposta inotrópica ao Ca++ extracelular também aumentou nos grupos tratados em comparação com não-tratados. Conclusão: Este estudo demonstrou que o tratamento com óleo de soja i.m. durante 15 dias preveniu a queda do desempenho cardíaco de ratos que sofreram infarto agudo do miocárdio, sem modificar a área de cicatriz.

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