VALOR PROGNÓSTICO DOS BIOMARCADORES CARDÍACOS E INFLAMATÓRIOS NO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO ASSOCIADOS À TERAPÊUTICA ONCOLÓGICA

Nome: KARINE GADIOLI DE OLIVEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 25/06/2018
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
SONIA ALVES GOUVEA Orientador
NAZARE SOUZA BISSOLI Co-orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
TADEU UGGERE DE ANDRADE Examinador Externo
SONIA ALVES GOUVEA Orientador
NAZARE SOUZA BISSOLI Coorientador
HENRIQUE DE AZEVEDO FUTURO NETO Examinador Externo
ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOS Examinador Interno

Páginas

Resumo: Atualmente, o câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil, superado apenas pelas doenças cardiovasculares. A terapêutica oncológica tem evoluído e melhorou o prognóstico dos pacientes oncológicos. No entanto, apesar do benefício clínico inquestionável desse tipo de terapia, muitos destes fármacos podem causar efeitos indesejáveis no sistema cardiovascular. O câncer de cabeça e pescoço (CCP) é o sexto tipo de câncer mais comum em todo o mundo e o prognóstico para esses pacientes é pobre e pouco tem melhorado nas últimas décadas. Pacientes com CCP têm um risco elevado de mortalidade não relacionada ao câncer e uma das causas mais frequentes são as DCVs. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar o valor preditivo dos marcadores de lesão cardíaca, proteína C reativa (PCR), fragmento N-terminal do proBNP (NT-proBNP), troponina cardíaca T (cTnT), e das citocinas (IL-17A, INF-γ, TNF-α, IL-10, IL-6, IL-4) no risco cardiovascular associado à terapêutica oncológica no carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço. Foram incluídos 118 pacientes com diagnóstico confirmado de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço e os dados clínico-epidemiológicos foram obtidos com a coleta de sangue, antes e após a terapêutica oncológica. O presente estudo mostrou que níveis elevados de PCR e NT-proBNP antes do tratamento do CCP estão associados com baixa sobrevida global em 3 anos e pior prognóstico do CCP independente de sexo, idade, tabagismo, etilismo, estadiamento, localização do tumor primário, índice de massa corporal, pressão arterial sistólica e do tratamento (exceto a radioterapia). Apesar da cTnT não ter influenciado na sobrevida desses pacientes, ela foi correlacionada positivamente com o tratamento cirúrgico e a radioquimioterapia. Além disso, foi observado um desequilíbrio no perfil de citocinas pró e anti-inflamatórias após o tratamento do CCP, com um aumento da IL-6 e redução da IL-10, IL-4 e TNF-α. Portanto, estratégias que avaliem e acompanhem os pacientes com CCP durante o tratamento é de suma importância para tentar melhorar a resposta ao tratamento, ou implantar novas terapias para aumentar a sobrevida e dar uma qualidade de vida aos pacientes com CCP.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105