TREINAMENTO DE FORÇA COM RESTRIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO

Resumo: Nos últimos anos tem crescido o número de pesquisas avaliando o método que combina o treinamento de força (TF) de baixa intensidade (ou seja, em torno de 20% a 50% de 1RM) à restrição do fluxo sanguíneo (Blood Flow Restriction, BFR), com o objetivo de ocasionar estresse metabólico semelhante ao TF de alta intensidade. Porém, ainda há dúvidas quanto à intensidade ideal para o BFR (mmHg), os tipos de exercícios, a intensidade e volume do exercício, o tamanho e largura dos manguitos utilizados, dentre outros. Dessa forma, o objetivo desse estudo é avaliar os efeitos agudos do treino de força com restrição do fluxo sanguíneo sobre a fadiga muscular, indicadores indiretos de estresse muscular e sobre parâmetros cardiovasculares. Participarão 30 voluntários (homens e mulheres), com idade entre 18 e 25 anos de idade, saudáveis e praticantes regulares de exercícios físicos. Todos assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) conforme estabelecido para pesquisas envolvendo humanos. Após uma sessão de familiarização, os participantes passarão por uma série de testes (antropometria, determinação da pressão máxima de oclusão vascular). Para as sessões experimentais, os participantes realização, de maneira randomizada, sete diferentes protocolos de exercícios: Os participantes realizarão, randomicamente, 7 protocolos diferentes: 1) Treino com carga contínua; 2) Treino com redução da carga; 3) Treino com aumento do intervalo entre as séries; 4) Treino com carga contínua com restrição do fluxo sanguíneo; 5) Treino com redução da carga com restrição do fluxo sanguíneo; 6) Treino com aumento do intervalo entre as séries com restrição do fluxo sanguíneo; 7) Treino sem carga, com restrição do fluxo sanguíneo, realizando o mesmo número de repetições que o grupo 1. Para os protocolos 1 e 4 o TF será realizado com intensidade de 20% de 1RM. Já os protocolos 2 e 5, a intensidade inicial será de 20% porém haverá reduções da carga de 5% e de 10% a menos dos 20% de 1RM utilizado inicialmente, para as séries 2 e 3 respectivamente. No protocolo 3 e 6 a carga será mantida constante, porém os intervalos entre as séries serão estabelecidos em 90 e 120 segundos para as séries 2 e 3, respectivamente. O protocolo 7 realizará o mesmo número de repetições que o protocolo 1, porém será utilizado o BFR e nenhuma carga será adicionada ao exercício. Todos os protocolos realizarão 3 séries até a fadiga voluntária máxima, no exercício de extensão de joelhos unilateral na cadeira extensora. Exceto os protocolos 3 e 6, que terão acréscimos nos intervalos entre as séries, todos realização o exercício com 1 minuto de intervalo entre as séries. Serão registrados o número total de repetições alcançadas por cada participante em cada série, nos diferentes protocolos propostos. Os dados referentes à percepção subjetiva do esforço e de dor serão registrados imediatamente após o término da sessão de treino, através da escada de Borg (0-10). A percepção da dor muscular através da palpação e a variação da amplitude articular voluntária máxima alcançada será avaliada nos momentos pré e imediatamente após a sessão, e será reavaliada nos momentos 24 e 48 horas após o término da sessão. Também serão mensuradas as medidas de pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e da frequência cardíaca (FC), nos momentos pré, entre as séries, imediatamente após o término da sessão de exercício e a cada 10 minutos até o momento 60 minutos após o término da sessão de exercício, com o indivíduo deitados em decúbito dorsal. Todos os dados serão apresentados como média ± desvio padrão (DP). Para a reprodutibilidade da carga entre o teste de 1RM e o re-teste será realizado o coeficiente de correlação interclasse (CCI). A diferença entre as mensurações pós-exercício serão calculadas utilizando ANOVA de medidas repetidas. As comparações intra-condições serão feitas utilizando ANOVA seguido do teste post hoc de Tukey. Os níveis de significância serão mantidos com os valores p≤0,05. Todos os dados serão realizados utilizando o programa GraphPad Prism 5.0 (GraphPad Software Inc., San Diego, CA, USA).

Data de início: 01/12/2015
Prazo (meses): 54

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105