Efeitos da terapia hormonal combinada de estrogênio e drospirenona sobre a reatividade coronariana em ratas ovariectomizadas espontaneamente hipertensas

Nome: MARIANA VERONEZ BORGO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 15/05/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Examinador Externo
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador
HELDER MAUAD Examinador Interno
SILVANA DOS SANTOS MEYRELLES Examinador Interno
SONIA ALVES GOUVEA Examinador Interno

Resumo: A incidência de hipertensão arterial aumenta de forma significante em mulheres
após a menopausa, um fenômeno que parece estar associado à redução dos níveis
de estrogênio. A drospirenona (DRSP) é uma progestina com propriedades antiandrogênica
e anti-mineralocorticóide. No entanto, os seus efeitos sobre a
vasodilatação coronária dependente do endotélio não foram avaliadas. Dessa forma,
este estudo investigou os efeitos da terapia combinada com 17β-estradiol (E2) e
DRSP sobre a vasodilatação endotélio-dependente do leito coronariano de ratas
espontaneamente hipertensas ovariectomizadas. Os animais foram divididos
aleatoriamente em quatro grupos: Sham operado (Sham), ovariectomizadas (OVX),
ovariectomizadas tratadas com E2 (E2) e ovariectomizadas tratadas com E2 e
DRSP (E2+DRSP), ambos tratados por 6 semanas. Os parâmetros hemodinâmicos
foram avaliados diretamente por cateterização da artéria femoral. Já a vasodilatação
dependente do endotélio, em resposta à bradicinina no leito arterial coronariano, foi
avaliada usando corações isolados de acordo com o método de Langendorff
modificado. O conteúdo proteico da enzima óxido nítrico sintase endotelial e do
receptor de estrogênio alfa (ER-α) das coronárias foram avaliadas por Western
blotting. Realizou-se a análise histológica das artérias coronárias e avaliou-se o
estresse oxidativo in situ por quantificação de superóxido pelo método de
dihidroetídio fluorescência. Nossos resultados demonstraram que a ovariectomia
aumentou a pressão arterial sistólica, sendo prevenido pelo tratamento com DRSP.
Ambos os tratamentos preveniram a disfunção endotelial causada pela ovariectomia.
A resposta vasodilatadora no grupo DRSP foi significativamente superior para as
três concentrações mais elevadas em comparação com o grupo OVX. A expressão
de ER-α diminuiu em ratos OVX, efeito que foi restaurado pelas terapias hormonais.
Os parâmetros morfométricos e o estresse oxidativo foram aumentados após a OVX
e prevenidos em ambos os tratamentos E2 e DRSP. A DRSP não prejudicou as
ações vasculares benéficas atribuídas ao estrogênio, como observado com outras
progestinas utilizadas em grandes triagens clínicas. Assim a associação de DRSP
na terapia hormonal com E2 mostra-se como uma opção terapêutica interessante,
especialmente nos quadros de hipertensão pós-menopausal, pois parece atuar na
prevenção de doenças coronárias.

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