Efeitos citotóxicos da exposição ao mercúrio e a cisplatina: estudo hemodinâmico

Nome: DANIELE ANGELI DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 07/11/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador
FLAVIA DE PAULA (M/D) Examinador Externo
VALÉRIA FAGUNDES Examinador Externo
VALERIO GARRONE BARAUNA Examinador Interno

Resumo: Metal com características ímpares e de ampla utilização, o mercúrio tornou-se uma preocupação mundial a partir do momento em que seus riscos ao meio ambiente e à saúde humana foram compreendidos. Valores de referência para concentração plasmática foram estabelecidos, mas há estudos que demonstram a ocorrência de efeitos prejudiciais do metal, mesmo em concentrações próximas ou abaixo dos valores considerados seguros. Para melhor compreender os efeitos do mercúrio sob a fisiologia dos diversos sistemas biológicos, ensaios crônicos têm sido desenvolvidos em modelos para simular a intoxicação humana. Os resultados desses estudos têm esclarecido pontos das vias metabólicas que direta ou indiretamente participam da transformação, acumulação ou excreção do mercúrio. Mesmo com esses avanços, ainda há poucos estudos de genotoxicidade associados a modelos crônicos com baixas dosagens de intoxicação pelo metal. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência e identificar os tipos de aberrações cromossômicas (AC) em um modelo de exposição de ratos Wistar fêmeas ao cloreto de mercúrio (HgCl2) durante 15 e 30 dias. Outro objetivo foi registrar possíveis variações em parâmetros hemodinâmicos. Os animais foram divididos em três grandes grupos, sendo um controle negativo, um controle positivo e um tratamento com mercúrio. Após anestesia, registros hemodinâmicos indicaram a ausência de variação na pressão arterial e na frequência cardíaca dos animais tratados com HgCl2. Com a utilização de citogenética clássica foi possível observar a presença de aberrações do tipo quebra e gap nas amostras de medula óssea dos animais tratados por 15 dias e 30 dias. Foram registrados a frequência absoluta de aberrações cromossômicas (FCAA), os totais de gaps e quebras (TG e TQ) e os totais de cromossomos com gaps e quebras (CG e CQ). De todos os resultados, somente as amostras de 30 dias apresentaram diferença estatisticamente perceptível para todos os parâmetros citogenéticos avaliados, quando comparadas com o controle negativo. Duas vias metabólicas que sofrem influência direta do mercúrio podem estar relacionadas aos resultados obtidos. A primeira é a via em que atua a enzima dUTPase, que quando desbalanceada provoca a fragilização da fita de DNA. A outra é a via da Glutationa, a qual está relacionada ao controle dos níveis de radicais livres, e cujo desequilíbrio aumenta a produção de espécies
reativas de oxigênio levando ao estresse oxidativo. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que a baixa concentração de mercúrio utilizada no modelo de exposição crônico foi genotóxica, clastogênica e potencialmente mutagênica para as células de medula óssea de ratos Wistar fêmeas tratadas pelo período de 30 dias.
Palavras-chave: Aberrações cromossômicas; Medula óssea; Pressão arterial; Citogenética; Clastogenicidade.

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