Efeitos dos exercícios resistidos sobre a variabilidade da frequência cardíaca e os sintomas em pacientes com fibromialgia

Nome: MARIA BERNADETE RENOLDI DE OLIVEIRA GAVI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 13/03/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador
EDUARDO MIRANDA DANTAS Examinador Externo
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Interno
MARLENE FREIRE Examinador Externo
VALÉRIA VALIM CRISTO Coorientador

Resumo: Objetivo: Disfunção autonômica é um importante mecanismo que pode explicar muitos dos sintomas observados na Fibromialgia (FM). O exercício é um tratamento eficaz com benefícios potencialmente mediados por meio de mudanças na modulação autonômica. O Exercício Resistido (ER) é um dos exercícios menos estudados na FM, e seus efeitos agudos e crônicos no Sistema Nervoso Autonômico são pouco conhecidos. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito crônico do exercício resistido (ER) na modulação autonômica, na percepção da dor e na qualidade de vida em mulheres com FM. Método: Foram selecionadas 80 mulheres sedentárias com FM pelos critérios do ACR1990 para participar de ensaio cego controlado, que de forma randomizada fizeram parte de grupo exercício resistido (ER) e grupo Flexibilidade (FLEX). O grupo ER treinou 2 vezes por semana, durante 45, com 45% da carga estimada de 1 Repetição Máxima (1 RM) em 12 diferentes exercícios. O grupo FLEX treinou 2x/semana, durante 45 com protocolo que incluiu principais músculos e tendões. A duração do estudo foi de 16 semanas e as principais variáveis estudadas foram a Escala visual analógica de dor (EVA) e a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC). Outras variáveis foram: medida do condicionamento físico através do Teste Ergométrico, o Teste de sentar e alcançar (Banco de Wells e Dillon), força, qualidade de vida e função através dos Questionários FIQ, Beck, Idate Traço-Estado, SF-36. Na análise Estatística foi considerado como parâmetro principal a escala visual analógica de dor, delta esperado de melhora de pelo menos 30%, margem de erro máxima de 5 % e poder do estudo de 80%. Foram utilizados testes de Shapiro-Wilk, de hipótese t pareado, de hipótese de Wilcoxon e de ANOVA para medidas repetidas. Resultados: O grupo ER foi superior no ganho de força em todos os grupos musculares, e na melhora da dor após 30 dias e 4 meses (ER=inicial 7.09±1.56 e final 4.74±2.06*; FLEX=inicial 7.84±1.35 e final 6.03±2.11, *p<0.05). O grupo ER apresentou melhora com diferença significativa no aspecto força e no VO2. O grupo FLEX apresentou melhora mais importante na variável ansiedade (p<0.05). No aspecto de qualidade de vida, ambos os grupos melhoraram e não houve diferença entre eles. Não houve diferença significante entre os grupos nas variáveis da VFC. Conclusões: No período observado e com a amostra avaliada, o ER foi superior e mais precoce ao FLEX na melhora da dor, força e aptidão física. Apesar da melhora da função, depressão, ansiedade e qualidade de vida em ambos os grupos; não foi observado nenhum efeito do treinamento resistido na modulação autonômica. Esta observação sugere que a melhora da disfunção autonômica não é condição para se alcançar melhora clinica. Palavras-chave: Sistema nervoso autônomo. Fibromialgia. Exercício Resistido. Disfunção autonômica. Exercício de força em Fibromialgia. Variabilidade da frequência cardíaca em Fibromialgia.

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