Correlação do clearance da creatinina e dos eletrólitos medidos na urina coletada em 12 e 24 horas

Nome: AMILCAR BERNARDO TOME DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/03/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO MILL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALBANO VICENTE LOPES FERREIRA Examinador Externo
JOSE GERALDO MILL Orientador
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Examinador Externo

Resumo: Introdução: A avaliação da função renal e dos fatores de risco cardiovascular através dos eletrólitos e da creatinina excretados na urina, tem sido difícil, tanto na prática clínica como em estudos epidemiologicos pelo fato dos padrões de referência terem sido estabelecidos com amostra de urina coletada em 24 horas, o que dificulta o cálculo do clearance da creatinina (ClCr), que é importante no acompanhamento de hipertensos, diabéticos e em outras doenças crónicas e agudas.
Objetivo: Comparar a relação existente nos parâmetros de medida da função renal entre a excreção urinária diurna, noturna e 24 horas com uso da creatinina e eletrólitos, mediante a análise do volume urinário e dos dados laboratoriais;
Método: Foi estudada uma amostra de 91 participantes com idade compreendida entre 34 a 64 anos. Os participantes foram instruidos de forma verbal e escrita como proceder durante a coleta da urina produzida nas 24 horas, fracionada em dois períodos de 12 horas (diurno: 07 19 horas e noturno: 19 07 h). Em cada volume mediu-se as concentrações de creatinina, Na+, K+ e Ca++. Sangue foi coletado por venopunção em jejum de 12 horas para medidas bioquímicas. Foram ainda realizadas medidas de pressão arterial, antropometria e ECG de repouso. Os resultados são apresentados como média ± DP e comparados através do teste t para amostra independentes. Significância estatística sempre que p<0,05.
Resultados: A média de idade da amostra foi 47±7,8 anos, o índice de massa corporal (IMC) 26,9±4,1 kg/m2 e superfície corporal de 1,75±0,16 m2. A prevalência do tabagismo foi de 17,6%, a dislipidémia (colesterol total &#8805;200mg/dL e/ou HDL &#8804;45mg/dL) de 60,4%, hipertensão arterial de 31,9% e obesidade (IMC &#8805;30kg/m2) de 19,8%. Todos tinham creatinina plasmática <1,3mg/dL. O volume urinário diurno e noturno foi similar (1,09±0,54 vs 1,10±0,49 L; P>0,05), assim como a excreção de Ca++ (68,8±48,9 vs 73,1±62,1mg; P>0,05) e creatinina (643,9±231,3 vs 591,0±208,4mg; P>0,05). A excreção de Na+ (115,2±42,9 vs 99,8±43,6mEq; P<0,05) e K+ (35,7±12,4 vs 22,3±10,1mEq; P<0,001) foram maiores durante o dia. O ClCr foi diferente nos dois periodos (92,5±27,4 vs 84,0±23,7ml.min-1/1,73m2; P <0,05), mas com alto grau de correlação entre os valores diurno, noturno e 24 h (r=0,89; P<0,001 e r=0,85; P<0,001 respetivamente).
Conclusão: A taxa de filtração glomerular medida pelo ClCr endógena e a excreção urinária de eletrólitos (Na+, K+ e Ca++) podem ser estimados em amostra de urina coletada em 12 horas, particularmente à noite, facilitando a obtenção destes dados em grandes estudos epidemiológicos.

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