ANÁLISE DO PROTEOMA MITOCONDRIAL DE CÉLULAS DO FÍGADO DE CAMUNDONGOS APOE KNOCKOUT TRATADOS COM SILDENAFIL

Nome: THIAGO NUNES DE MENEZES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 19/05/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SILVANA DOS SANTOS MEYRELLES Co-orientador
SUELY GOMES DE FIGUEIREDO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELISARDO CORRAL VASQUEZ Examinador Interno
MARCIA HELENA BORGES Examinador Externo
MARCIO FRONZA Examinador Externo
NAZARE SOUZA BISSOLI Examinador Interno
SILVANA DOS SANTOS MEYRELLES Coorientador

Páginas

Resumo: Um dos mecanismos propostos sobre o papel dos lipídios plasmáticos na gênese de doenças, é a sua associação com o estresse oxidativo, caracterizado pelo desbalanço redox, e que pode direta ou indiretamente estar relacionado à fisiopatologia das doenças crônicas não transmissíveis. Proteínas são moléculas envolvidas em praticamente todos os fenômenos biológicos, e o entendimento dos fatores que regulam a sua expressão, pode abrir portas para novas estratégias terapêuticas. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar alterações no proteoma mitocondrial de células do fígado (CF) de camundongos apoE knockout (apoE -/-) tratados com sildenafil. Previamente foi evidenciado que os animais apoE -/- apresentam perfil lipídico plasmático característico das dislipidemias, apresentando concentrações plasmáticas médias para triglicerídeos, colesterol total, LDL e VLDL de 5, 14, 6 e 36 vezes maiores que aquelas observadas para o grupo C57, respectivamente. Este aumento não foi revertido após o tratamento. A citometria de fluxo mostrou elevação nos níveis intracelulares nas CF dos animais apoE -/- de ânion superóxido (~82%), peróxido de
hidrogênio (~60%) e peroxinitrito (~53%), além do aumento do número de células em apoptose (de ~2% para ~19%). Nossos resultados mostraram que o tratamento com sildenafil previne o aumento das ROS analisadas e inibe a indução de apoptose, sugerindo que o sildenafil possui ação antioxidante. A análise do proteoma mitocondrial
por eletroforese bidimensional acoplada à espectrometria de massa (2DE-MS) das CF, mostrou que em ambas as condições experimentais (doença e tratamento), houve mudança no padrão de expressão das proteínas nesse compartimento subcelular. Destaque para o aumento da expressão da urato oxidase no grupo dos animais tratados (~93%) quando comparados com os sem tratamento. Esta enzima é responsável pela degradação do ácido úrico e pode apresentar papel importante na
redução da produção de ROS. Os resultados também mostraram que a dislipidemia induz o aumento da transferrina, uma proteína de transporte de Fe, que ao aumentar a oferta desse metal, pode aumentar a formação de H2O2 pela reação de Fenton, contribuindo para o estresse oxidativo. Foi possível observar, entretanto, que o sildenafil reduz (~70%) os níveis dessa proteína quando comparado com o grupo apoE
-/- , indicando equilíbrio redox após o tratamento. Após o estudo proteômico mitocondrial, foi possível observar a influência do tratamento com sildenafil na regulação de proteínas-chave na homeostase redox, contribuindo para a compreensão dos mecanismos pelos quais o sildenafil apresenta o efeito antioxidante.

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